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Republicano Paul Ryan pede a Trump para não avançar com tarifas
O líder da Câmara dos Representantes está "extremamente preocupado" com os efeitos de uma guerra comercial que possa surgir devido à imposição de tarifas sobre o aço e alumínio.
Paul Ryan, o republicano que lidera a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, fez esta segunda-feira um apelo público ao presidente Donald Trump para recuar na imposição de tarifas sobre o aço e alumínio, temendo que a medida provoque uma guerra comercial.
Num raro confronto com Trump, o republicano aumenta a pressão sobre o presidente dos Estados Unidos para fazer marcha atrás numa medida que está a ser alvo de fortes críticas em todo o mundo e também no país.
"Estamos extremamente preocupados com as consequências de uma guerra comercial e por isso apelamos à Casa Branca para não avançar com este plano", afirmou a porta-voz de Ryan, Ashlee Strong. "A nova reforma fiscal impulsionou a economia e certamente não queremos colocar esses ganhos em causa", acrescentou.
"We are extremely worried about the consequences of a trade war and are urging the White House to not advance with this plan," AshLee Strong, a spokeswoman for House Speaker Paul Ryan, said in a statement.
— NPR (@NPR) March 5, 2018
Como nota a Bloomberg, são pouco habituais estes comunicados da porta-voz de Ryan, dado que o republicano sempre apoiou Trump, mesmo nos momentos mais difíceis do mandato do presidente dos EUA.
Ryan não é contudo o único republicano a contestar publicamente a iniciativa de Trump em aplicar tarifas sobre o aço e alumínio importado. Uma fonte do partido na Câmara dos Representantes disse à Reuters que os líderes do Congresso estão a estudar que medidas podem tomar para contrariar a iniciativa de Trump.
Donald Trump apresentou esta segunda-feira uma forma o México e o Canadá não serem afectados pelas tarifas às importações de aço e alumínio. Mas não sem uma contrapartida. Na sua conta na rede social Twitter, o presidente dos Estados Unidos disse que pode aplicar uma isenção ao México e ao Canadá, no que diz respeito às novas tarifas sobre estes metais, se os dois países assinarem um novo Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA na sigla em inglês).