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Wall Street animada com menores receios de guerra comercial

As bolsas dos Estados Unidos encerraram em alta, sustentadas pela expectativa de que não haja uma guerra comercial entre os EUA e os seus parceiros. Isto depois de o líder republicano da Câmara dos Representantes ter apelado a Donald Trump para não avançar com a imposição de tarifas à importação de aço e alumínio.

Jeff Christensen/Reuters
05 de Março de 2018 às 21:13
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O Dow Jones encerrou a ganhar 1,37% para 24.874,76 pontos e o Standard & Poor’s 500 somou 1,10% para 2.720,94 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite avançou 1% para se fixar nos 7.330,70 pontos.

 

As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão a perder terreno, devido aos receios de uma guerra comercial entre os EUA e os seus parceiros comerciais depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado na semana passada que vai avançar com a imposição de tarifas alfandegárias sobre o aço e alumínio.

 

No entanto, a meio do dia a tendência inverteu-se e Wall Street entrou no verde. Isto depois de o líder da Câmara dos Representantes ter dito que está "extremamente preocupado" com os efeitos de uma eventual guerra comercial. Paul Ryan fez mesmo um apelo público a Trump para que o presidente norte-americano recue na imposição destas tarifas.

 

O chefe da Casa Branca referiu, na passada quinta-feira, que iria assinar formalmente esta semana as medidas de imposição de tarifas alfandegárias sobre o aço e alumínio, tendo prometido que ficarão em vigor "durante um longo período de tempo". Estas medidas comerciais visam, concretamente, a imposição de tarifas de 25% sobre a importação de aço e de 10% sobre o alumínio que entra no país.

 

Depois da onda de críticas que se seguiu – um pouco por todo o mundo – a este anúncio, e da ameaça de retaliações [como foi o caso da União Europeia], hoje foi então a vez de o líder dos republicanos na Câmara dos Representantes pedir a Trump que repense estas medidas, que poderão penalizar a economia norte-americana – como advertiu o FMI na sexta-feira, 2 de Março.

 

Além do apelo de Ryan, outra coisa sossegou os investidores: o facto de Trump ter dito ao Canadá e México que poderá isentá-los destas tarifas se fizerem cedências e assinarem um novo Acordo de Comércio Livre da América do Norte (NAFTA). Após estes comentários, muitos investidores crêem que a ameaça de imposição destas tarifas é apenas uma ferramenta de negociação de Trump.

 

"Há uma confiança crescente de que estas medidas não vão entrar em vigor", comentou à Reuters um estratega da Cornerstone Financial Partners, Jeffrey Carbone.

 

Os 11 sectores representados no S&P 500 fecharam todos em alta, com o maior impulso a provir das tecnologias de informação. Facebook, Amazon e JPMorgan foram os títulos que mais sustentaram o índice.

 

O sector da energia ganhou balanço com a subida dos preços do petróleo na sessão desta segunda-feira, devido a estimativas de um crescimento robusto da procura desta matéria-prima e aos receios de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não esteja apta a aumentar a sua capacidade de produção.

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