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Wall Street dá tréguas aos receios de guerra comercial

As bolsas dos Estados Unidos encerraram com um movimento misto, a darem algumas tréguas aos receios de uma guerra comercial, preferindo esperar por mais pormenores sobre a proposta de Trump de impor tarifas à importação de aço e alumínio.

EPA
02 de Março de 2018 às 21:22
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Os mercados accionistas do outro lado do Atlântico fecharam a última sessão da semana a inverterem das quedas dos dias anteriores – jornadas em que os receios em torno dos juros e de uma possível guerra comercial pesaram no sentimento dos investidores.

 

Assim, apesar de o saldo semanal ser negativo, dois dos três principais índices norte-americanos conseguiram terminar hoje no verde: o S&P 500 e o Nasdaq Composite.

 

O Standard & Poor’s 500 somou 0,51% para 2.691,25 pontos, ao passo que o tecnológico Nasdaq Composite avançou 1,08% para se fixar nos 7.257,87 pontos.

 

Em contrapartida, o Dow Jones encerrou a ceder 0,29% para 24.538,06 pontos, depois de ter chegado a cair 1,59% durante a sessão.

 

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou ontem que pretende avançar com a imposição de tarifas sobre a importação de aço e alumínio, medida que poderá azedar as relações dos EUA com os seus aliados.

 

Trump referiu que vai assinar formalmente estas medidas na próxima semana, tendo prometido que ficarão em vigor "durante um longo período de tempo". Estas medidas comerciais visam, concretamente, a imposição de tarifas de 25% sobre a importação de aço e de 10% sobre o alumínio que entra no país.

 

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou ainda ontem que a Europa responderá "firmemente" a quaisquer novas tarifas alfandegárias. Hoje, Bruxelas reagiu mais concretamente, falando num "castigo" de 2,8 mil milhões de euros com o aumento dos direitos aduaneiros sobre produtos siderúrgicos, industriais e agrícolas oriundos dos EUA, segundo fontes citadas pelo jornal espanhol Cinco Días.

 

Também a agência Reuters, citando outras fontes europeias, referiu que a UE está a ponderar aplicar tarifas de 25% sobre cerca de 3,5 mil milhões de dólares (2,87 mil milhões de euros) em importações de produtos vindos dos EUA se Trump seguir em frente com o seu plano.

 

Por seu lado, o Fundo Monetário Internacional salientou esta sexta-feira que estas tarifas alfandegárias não só penalizarão os parceiros comerciais fora dos EUA mas também a própria economia do país.

 

Estas declarações intensificaram a ansiedade dos investidores, que no entanto decidiram fechar o dia a "dar tréguas" e a esperar por mais pormenores, na próxima semana, sobre o plano de Trump.

 

Os títulos das grandes fabricantes do sector do aço e alumínio estiveram, à semelhança do que aconteceu na Europa, sob forte pressão na negociação em Wall Street.

 

E também quem depende destes metais esteve a negociar no vermelho, a reflectir as preocupações com eventuais subidas do preço. A Caterpillar, compradora de matérias-primas e forte exportadora de produtos de maquinaria para o sector da construção, fechou a perder 2,56% para 146,38 dólares.

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