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Fecho dos mercados: Receios de guerra comercial penalizam bolsas, dólar, petróleo e paládio

As bolsas europeias estiveram a negociar em terreno negativo, com Wall Street a seguir a mesma tendência. A pressionar está o anúncio de Donald Trump de imposição de tarifas alfandegárias sobre o aço e alumínio.

Reuters
02 de Março de 2018 às 17:10
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,17% para 5.367,16 pontos

Stoxx 600 recuou 2,21% para 366,57 pontos

S&P 500 cai 0,84% para 2.655,21 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 2,3 pontos base para 1,97%

Euro soma 0,38% para 1,2314 dólares

Petróleo recua 0,38% para 63,35 dólares por barril em Londres

Tarifas sobre aço e alumínio amedrontam Europa

As principais bolsas do Velho Continente fecharam generalizadamente em baixa, pela quarta sessão consecutiva e a marcarem a pior queda semanal das últimas três semanas, a seguirem a tendência já evidenciada no fecho de ontem do outro lado do Atlântico. Em causa está o anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, relativo à imposição de tarifas alfandegárias sobre o aço e o alumínio, o que gerou uma onda de críticas em todo o mundo, suscitando receios de uma guerra comercial.


Este novo foco de tensão levou à prudência dos investidores e um dos sectores mais afectados foi precisamente o destes metais, com cotadas como a ArcelorMittal e Acerinox a afundarem em bolsa. As 19 categorias sectoriais fecharam em queda na Europa, sendo que nove delas perderam mais de 2%.


A praça lisboeta acompanhou o movimento negativo mas com menos intensidade, com o PSI-20 a perder 0,17% para 5.367,16 pontos, com 14 cotadas no vermelho. Foi, no entanto, o índice europeu que menos desceu, à conta das subidas da EDP e BCP, sendo que o banco disparou 4,49%. A penalizar o índice de referência nacional estiveram sobretudo os títulos da Nos, que fecharam a perder perto de 3,73%. Também a Jerónimo Martins contribuiu para o mau desempenho a praça lisboeta, a recuar 1,53%, ainda a reflectir os resultados de 2017 apresentados na quarta-feira, que desagradaram aos investidores.

 

Juros sobem nos prazos entre 5 e 10 anos

Os investidores exigiram, esta sexta-feira, juros mais altos para apostar na dívida pública portuguesa. A tendência de subida registou-se em todas as maturidades, excepto nos vencimentos a 3 e 12 meses e a 3 anos. No prazo de referência, a 10 anos, a "yield" da dívida nacional sobe 2,3 pontos base para 1,97%. Já os juros das Bunds [obrigações alemãs] a 10 anos avançam 0,1 pontos base, para 0,645%.

 

Euribor mantêm-se a 3, 6 e 12 meses e caem a 9 meses

As Euribor voltaram a registar um movimento misto nos diferentes prazos. As taxas que têm mais peso como indexantes do crédito à habitação em Portugal, a três e a seis meses, desceram. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, voltou hoje a ser fixada pela terceira sessão consecutiva em -0,327%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%, registado pela primeira vez a 10 de Abril do ano passado. Já a Euribor a seis meses, que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, manteve-se em -0,271%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,279%, registado pela primeira vez a 31 de Janeiro.    

A nove meses, a Euribor desceu para -0,222%, menos 0,001 pontos e contra o actual mínimo de sempre, de -0,224%, registado pela primeira vez em 27 de Outubro do ano passado. No prazo de 12 meses, que caiu para valores abaixo de zero pela primeira vez a 5 de Fevereiro de 2015, manteve-se pela quarta sessão consecutiva em -0,191% e contra o actual mínimo de sempre, de -0,194%, verificado pela primeira vez a 18 de Dezembro passado.

 

Euro em alta com possível guerra comercial

A moeda única europeia está a ganhar terreno face ao dólar, uma vez que a nota verde tem estado a ser penalizada pelos receios de uma guerra comercial entre os EUA e os seus parceiros depois de Donald Trump anunciar ontem tarifas sobre a importação de aço e alumínio. Hoje, o presidente norte-americano voltou ao tema e declarou que "as guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar". O euro segue a ganhar 0,38% para 1,2314 dólares.

 

"Ouro negro" alvo de movimento de vendas

O petróleo segue a perder terreno nos principais mercados internacionais, a caminho da primeira queda semana desde o início do mês, devido aos receios de um movimento alargado de vendas de activos de risco depois do anúncio de Donald Trump sobre a imposição de tarifas ao aço e alumínio importado.


Nos EUA, o West Texas Intermediate perde 1,15% para 60,29 dólares por barril e em Londres o Brent do Mar do Norte, que serve de referência às importações portuguesas, está a ceder 0,75% para 63,35 dólares.

 

Paládio, o metal mais atingido pelas tarifas no aço e alumínio

As cotações do paládio estão em queda, sendo este metal precioso o mais atingido esta semana pelo anúncio do presidente norte-americano relativo à imposição de tarifas de 25% sobre a importação de aço e de 10% sobre o alumínio que entra no país.

Este metal precioso, que é sobretudo usado para reduzir as emissões poluentes nos automóveis, é altamente sensível à procura no mercado automóvel dos EUA. Um aumento do preço do aço e alumínio deverá fazer aumentar os preços dos carros no maior mercado mundial, onde a procura tem já sido fraca, o que penalizará mais o paládio – que caiu 5,3% no acumulado desta semana.

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