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Reino Unido vota a favor de ataques aéreos na Síria contra Estado Islâmico

O parlamento britânico votou esta quarta-feira a favor de o Reino Unido se juntar aos ataques aéreos contra o grupo extremista Estado Islâmico na Síria.

Reuters
02 de Dezembro de 2015 às 22:52
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A proposta a favor do lançamento de ofensivas aéreas contra o autoproclamado Estado Islâmico (EI), que foi apresentada pelo primeiro-ministro, David Cameron, foi aprovada com 397 votos a favor e 223 contra, refere a agência Reuters.

 

Com esta aprovação, o Reino Unido – que já participa nas ofensivas aéreas contra o EI no Iraque – vai assim passar a integrar a coligação internacional que há mais de um ano bombardeia as posições detidas pelo Estado Islâmico na Síria.

Uma parte dos deputados da oposição trabalhista, que contavam com liberdade de voto naquela sessão, votou a favor da proposta de Cameron, que prevê ordenar nas próximas horas as primeiras missões na Síria.

 

O Reino Unido já tinha colaborado com a missão internacional na Síria no âmbito dos serviços de informação e logística. Em 2003, o parlamento vetou uma proposta para actuar contra o regime do Presidente sírio, Bassar al-Assad.

 

No debate desta quarta-feira, que durou cerca de dez horas, David Cameron argumentou que o Estado Islâmico é uma ameaça para a "segurança nacional" e que a intervenção é "legal" e "necessária".

 

"Não nos devemos enganar, aqueles terroristas estão a planear, neste preciso momento, assassinar e radicalizar os nossos filhos ", disse o primeiro-ministro britânico, para quem "os riscos de não fazer nada são muito maiores".

 

O líder da oposição, Jeremy Corbyn, defendeu que os bombardeamentos podem aumentar os riscos de atentado no Reino Unido e pôs em causa que o Governo de David Cameron tenha traçado um plano "coerente" para combater o grupo extremista Estado Islâmico e pacificar a Síria.

 

O chefe da diplomacia britânica, Philip Hammond, disse hoje à tarde que os caças do Exército britânico estão preparados para lançar "muito rapidamente" os primeiros ataques na Síria, que podem ser ordenados "amanhã (quinta-feira) à noite".

 

Ontem, 1 de Dezembro, o Executivo alemão deu luz verde ao reforço militar contra o Estado Islâmico na Síria. Em causa está o envio de 1.200 homens, aviões de reconhecimento e uma fragata. Falta agora a aprovação final na câmara baixa do Parlamento germânico, cuja votação deverá ter lugar na próxima sexta-feira.

Recorde-se que o presidente francês, François Hollande, depois de declarar que "a França está em guerra", além de pugnar por uma "ampla coligação" para combater o Estado Islâmico, invocou o ponto sétimo do artigo 47º do Tratado de Lisboa relativo à ajuda mútua no caso de um Estado-membro da União Europeia "ser alvo de agressão armada" – o que foi aprovado, por unanimidade, pelos 28 Estados-membros da UE.

 


(notícia actualizada às 23:38)

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