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Alemanha aprova intervenção militar contra o Estado Islâmico

445 deputados alemães votaram a favor de uma intervenção militar contra o autoproclamado Estado Islâmico.

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A maioria dos deputados do Bundestag (câmara baixa do Parlamento germânico) votou a favor de uma intervenção militar contra o grupo terrorista Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

Esta missão tinha já sido aprovada pelo Governo de Angela Merkel na passada terça-feira, 1 de Dezembro, mas necessitava, para avançar, do voto do Bundestag.

O plano, avaliado em 134 milhões de euros até ao final de 2016, prevê o envio de 1.200 militares para a missão síria – recursos humanos que não irão combater no terreno as forças jihadistas na Síria –, aviões militares de reconhecimento territorial, e ainda uma fragata que se juntará aos meios franceses, entre os quais o porta-aviões Charles de Gaulle, já mobilizado para a região e que será visitado esta sexta-feira pelo presidente francês, François Hollande.


Berlim responde, assim, afirmativamente ao apelo feito pelo Presidente francês, François Hollande, na sequência dos ataques terroristas coordenados do dia 13 de Novembro, em Paris. Depois de declarar que "a França está em guerra", Hollande, além de pugnar por uma "ampla coligação" para combater o Estado Islâmico, invocou o ponto sétimo do artigo 47 do Tratado de Lisboa relativo à ajuda mútua no caso de um Estado-membro da União Europeia "ser alvo de agressão armada". Prontamente aprovado, por unanimidade, pelos 28 Estados-membros da União Europeia.

Na semana passada, a Alemanha já aprovara o envio de 650 mil homens para o Mali, onde deverão juntar-se aos cerca de 1.500 militares já mobilizados pelo exército francês para aquele país africano.

Na terça-feira passada, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, citado pela BBC, afirmou que a Alemanha está "a fazer aquilo que é militarmente necessário, aquilo que podemos fazer melhor e aquilo a que podemos assegurar apoio político. Contra um adversário como o Estado Islâmico, precisamos de muita resiliência".

O voto do Budenstag acontece dois dias após o Parlamento britânico ter também aprovado uma intervenção militar contra o Estado Islâmico. Poucas horas após a votação da Câmara dos Comuns, quatro bombardeiros 'Tornados' da Força Aérea Real britânica lançaram ofensivas aéreas contra o grupo terrorista na Síria.

O Reino Unido já tinha colaborado com a missão internacional na Síria no âmbito dos serviços de informação e logística. Em 2003, o parlamento vetou uma proposta para actuar contra o regime do Presidente sírio, Bassar al-Assad.

 

No debate de quarta-feira, que durou cerca de dez horas, David Cameron argumentou que o Estado Islâmico é uma ameaça para a "segurança nacional" e que a intervenção é "legal" e "necessária".


(Notícia actualizada às 11:12) 

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