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Berlim prevê enviar aviões de reconhecimento para combater o Estado Islâmico na Síria

Depois de François Hollande ter reiterado o seu pedido de apoio a Angela Merkel, o porta-voz da Defesa alemão anunciou esta quinta-feira que o país prevê enviar aviões de reconhecimento Tornado para combater o Estado Islâmico.

A segunda posição é ocupada pela chanceler alemã Angela Merkel, que subiu da quinta posição para o pódio. Merkel “é a espinha dorsal dos 28 membros da União Europeia, e as suas acções decisivas sobre o problema dos refugiados sírios e sobre o problema da dívida grega ajudaram-na a subir nesta listagem”.
Bloomberg
26 de Novembro de 2015 às 17:10
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A Alemanha prevê enviar aviões de reconhecimento Tornado para apoiar o combate ao grupo extremista Estado Islâmico na Síria, informou esta quinta-feira, 26 de Novembro, o porta-voz para a Defesa do grupo parlamentar dos conservadores alemães.

 

Já a chanceler alemã, Angela Merkel, tinha prometido na quarta-feira em Paris, onde se encontrou com o presidente francês, que a Alemanha iria aumentar o seu apoio a França no combate ao auto-proclamado Estado Islâmico, grupo extremista responsável pelos ataques terroristas na capital francesa a 13 de Novembro. Após o encontro com François Hollande, Merkel comprometeu-se a reflectir, rapidamente, sobre o que mais é possível fazer para apoiar o Estado francês. "Quando o presidente francês me pede para pensar sobre o que mais podemos fazer, então o nosso dever é reflectir sobre isso e reagir rapidamente", sublinhou.

 

O porta-voz para a Defesa do grupo parlamentar da União Democrata-Cristã e União Social-Cristã da Baviera garantiu que a o país "vai ter um papel mais activo". Até agora, o apoio da Alemanha à coligação internacional que combate o grupo extremista do auto-proclamado do Estado Islâmico traduziu-se no fornecimento de armas e no treino das forças curdas iraquianas que combatem o Estado Islâmico.

 

Mas Berlim intensifica agora a ajuda internacional. "Não só vamos reforçar a missão de treino no norte do Iraque, como vamos aumentar a nossa contribuição para a luta contra o terrorismo do Estado Islâmico com, entre outros, Tornados RECCE de reconhecimento", explicitou o porta-voz do Governo alemão. A Alemanha do pós-guerra tem sido tradicionalmente relutante no envio de tropas para o estrangeiro, tendo apenas participado em missões da ONU nos Balcãs e na coligação da NATO no Afeganistão.

 

"O Estado Islâmico apenas pode ser derrotado militarmente, pelo que não se pode pôr nada de parte quando nos empenhamos na luta contra o terrorismo islamita", disse Otte, acrescentando que todos os pedidos da coligação que combate o EI por França "têm de ser avaliadas com a mente aberta". Fontes oficiais alemãs acreditam que um papel mais activo não deverá ser difícil de justificar e aprovar no Parlamento alemão dado o pedido de assistência de François Hollande aos Estados-membros da União Europeia - e aceite por unanimidade, bem como as resoluções previstas nas Nações Unidas e que contemplam a ajuda à Síria. 

 

Os grupos parlamentares da CDU/CSU e do Partido Social-Democrata, que integra a coligação governamental, reúnem-se durante a tarde desta quinta-feira para discutir o apoio a França no combate ao grupo extremista. No entanto, a líder da oposição já criticou a eventual intervenção aérea alemã, alertando para os efeitos que isso poderá causar na segurança do país. "Se enviarem Tornados alemães para a Síria só irão criar mais terroristas e aumentar o perigo de um ataque na Alemanha", alerta Sarah Wagenknecht.

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