Apesar de esta não ser a primeira vez que as autoridades norte-americanas acusam o governo sírio de adquirir petróleo ao grupo terrorista, as acusações realizadas esta quarta-feira, 25 de Novembro, foram as mais directas até agora sobre as ligações entre o governo Sírio e o autoproclamado Estado Islâmico, escreve o Financial Times.

Os quatro indivíduos e seis entidades listadas pelo Tesouro terão os seus bens nos EUA congelados e serão impedidos de fazer negócios com empresas ou cidadãos norte-americanos. Entre os sancionados está um empresário cipriota e outro russo, nomeadamente, Kirsan Ilyumzhinov, líder da Federação Mundial de Xadrez.

A administração Obama tem sido criticada por fazer pouco para atacar a infra-estrutura petrolífera do EI. No entanto, o anúncio destas sanções segue-se aos ataques aéreos contra instalações petrolíferas e camiões para transporte da matéria-prima.

Um dos alvos destas sansões é George Haswani, cidadão sírio, e a sua empresa, a Hesco Engineering and Construction. Alegadamente, Haswani "serve de intermediário" entre o grupo terrorista e o governo sírio, denuncia o Tesouro, acrescentando que a Hesco opera em áreas controladas pelo EI.

Já Kirsan Ilyumzhinov foi adicionado a esta lista por "prestar assistência material e actuar em nome" do governo de Bashar al-Assad e do banco central sírio. Ilyumzhinov terá, alegadamente, ligações a Mudalal Khuri, que, segundo o Tesouro, "representa os negócios do regime [sírio] e os interesses financeiros na Rússia".

Entre as entidades sancionadas está o banco Russian Financial Alliance, de que Ilyumzhinov é accionista.