Notícia
Bashar al-Assad: Síria não é "incubadora" do Estado Islâmico
O presidente sírio Bashar al-Assad declarou, na quarta-feira, que o seu país, devastado pela guerra, não é a "incubadora" do grupo Estado Islâmico, culpando o Ocidente pela criação de organizações 'jihadistas'.
19 de Novembro de 2015 às 07:50
"Posso afirmar que o Daesh não tem uma incubadora natural, uma incubadora social, na Síria", disse, numa entrevista televisiva à emissora italiana Rai, usando o acrónimo árabe para se referir ao grupo extremista Estado Islâmico.
Os 'jihadistas' que treinaram na Síria para os ataques de Paris de sexta-feira passada, 13 de Novembro, e outros, fizeram-no devido "ao apoio" da Turquia, Arábia Saudita e do Qatar "e, claro, das políticas ocidentais que apoiaram os terroristas de diferentes modos", insistiu.
O Estado Islâmico "não começou na Síria, começou no Iraque, e começou antes disso no Afeganistão", disse, citando o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair, que afirmou que "a guerra do Iraque ajudou a criar o Estado Islâmico".
A confissão de Blair "é a prova mais importante", afirmou.
Mais de 250 mil pessoas morreram no conflito na Síria e milhões fugiram, à medida que o Estado Islâmico tomou controlo de vastas áreas do território sírio e iraquiano, que são geridas sob uma severa interpretação da Lei Islâmica.
Assad defendeu que não pode haver qualquer calendário de transição para as eleições enquanto partes do país estiverem ainda controladas por rebeldes.
"Este calendário começa depois de começarmos a vencer o terrorismo. Não se pode conseguir nada em termos políticos enquanto houver terroristas a apoderarem-se de muitas áreas na Síria", disse.
Depois disso, "um ano e meio, dois anos, são suficientes para qualquer transição", considerou.
Os 'jihadistas' que treinaram na Síria para os ataques de Paris de sexta-feira passada, 13 de Novembro, e outros, fizeram-no devido "ao apoio" da Turquia, Arábia Saudita e do Qatar "e, claro, das políticas ocidentais que apoiaram os terroristas de diferentes modos", insistiu.
A confissão de Blair "é a prova mais importante", afirmou.
Mais de 250 mil pessoas morreram no conflito na Síria e milhões fugiram, à medida que o Estado Islâmico tomou controlo de vastas áreas do território sírio e iraquiano, que são geridas sob uma severa interpretação da Lei Islâmica.
Assad defendeu que não pode haver qualquer calendário de transição para as eleições enquanto partes do país estiverem ainda controladas por rebeldes.
"Este calendário começa depois de começarmos a vencer o terrorismo. Não se pode conseguir nada em termos políticos enquanto houver terroristas a apoderarem-se de muitas áreas na Síria", disse.
Depois disso, "um ano e meio, dois anos, são suficientes para qualquer transição", considerou.