Notícia
Irão vai quebrar limites ao enriquecimento de urânio em 10 dias. E avisa: “Há pouco tempo para salvar o acordo nuclear”
Teerão vai superar os limites aos níveis de enriquecimento de urânio previstos no acordo nuclear de 2015, cumprindo a ameaça feita no mês passado. O Irão tinha dado 60 dias aos signatários do acordo para se negociarem novos termos.
O Irão vai violar os limites aos níveis de enriquecimento de urânio previstos no acordo nuclear de 2015 dentro de dez dias, e avisa a Europa que o tempo é curto para salvar o acordo.
O anúncio foi feito esta segunda-feira, 17 de junho, pelo porta-voz da agência de energia atómica do Irão, Behrouz Kamalvandi, e a confirmar-se será a primeira vez que Teerão quebrará o teto de 3,67% para os níveis de enriquecimento de urânio definido no âmbito do acordo, e que tinha como objetivo impedir o país de desenvolver uma bomba nuclear.
"Um ponto importante, especialmente para os europeus, é que as ações tomadas no primeiro estágio podem ter demorado um pouco, mas no que respeita às próximas ações, especialmente o enriquecimento além de 3,67%, não vai demorar tanto tempo", alertou o responsável, num discurso transmitido na televisão, acrescentando que o Irão poderá elevar os níveis de enriquecimento até 20% para uso doméstico.
O anúncio deverá aumentar ainda mais as tensões com os Estados Unidos, que se retiraram do acordo nuclear em maio do ano passado e voltaram a impor sanções económicas a Teerão seis meses depois, em novembro, com o objetivo de reduzir a zero as exportações de petróleo daquele país.
No início do mês passado, os Estados Unidos deram mais um passo e acabaram com as isenções concedidas no âmbito destas sanções – e que permitiram a alguns países continuarem a comprar petróleo iraniano – piorando ainda mais o conflito com Teerão.
No entanto, a crise entre os dois países ganhou novos contornos na semana passada, com os Estados Unidos a acusarem o Irão de ser o responsável pelo ataque a dois petroleiros – um japonês e outro norueguês – no Golfo de Omã, uma das mais movimentadas rotas de transporte desta matéria-prima.
Em resposta ao fim das isenções, o Irão já tinha avisado a 8 de maio que iria abandonar gradualmente os compromissos acordados no âmbito do acordo nuclear, a menos que os restantes envolvidos garantissem ajuda económica num prazo de 60 dias.
Teerão concretizou que não iria mais cumprir com o limite de 300 quilos para o armazenamento de urânio enriquecido, assim como o teto de 130 toneladas para os stocks de água pesada impostos pelo acordo.
No seu discurso, Kamalvandi disse que os europeus ainda vão a tempo de salvar o acordo, mas que o prazo não será alargado. Se a Europa der aos iranianos uma forma de manter o acesso aos mercados internacionais de petróleo e aos mercados financeiros, o país volta a cumprir os compromissos do acordo, concretizou.
De acordo com a agência Fars, citada pela Reuters, a mesma mensagem foi transmitida pelo presidente iraniano Hassan Rouhani ao novo embaixador francês no Irão. "É um momento crucial, e França ainda pode trabalhar com os outros signatários e desempenhar um papel histórico para salvar o acordo neste prazo tão curto", afirmou Rouhani.
O anúncio foi feito esta segunda-feira, 17 de junho, pelo porta-voz da agência de energia atómica do Irão, Behrouz Kamalvandi, e a confirmar-se será a primeira vez que Teerão quebrará o teto de 3,67% para os níveis de enriquecimento de urânio definido no âmbito do acordo, e que tinha como objetivo impedir o país de desenvolver uma bomba nuclear.
O anúncio deverá aumentar ainda mais as tensões com os Estados Unidos, que se retiraram do acordo nuclear em maio do ano passado e voltaram a impor sanções económicas a Teerão seis meses depois, em novembro, com o objetivo de reduzir a zero as exportações de petróleo daquele país.
No início do mês passado, os Estados Unidos deram mais um passo e acabaram com as isenções concedidas no âmbito destas sanções – e que permitiram a alguns países continuarem a comprar petróleo iraniano – piorando ainda mais o conflito com Teerão.
No entanto, a crise entre os dois países ganhou novos contornos na semana passada, com os Estados Unidos a acusarem o Irão de ser o responsável pelo ataque a dois petroleiros – um japonês e outro norueguês – no Golfo de Omã, uma das mais movimentadas rotas de transporte desta matéria-prima.
Em resposta ao fim das isenções, o Irão já tinha avisado a 8 de maio que iria abandonar gradualmente os compromissos acordados no âmbito do acordo nuclear, a menos que os restantes envolvidos garantissem ajuda económica num prazo de 60 dias.
Teerão concretizou que não iria mais cumprir com o limite de 300 quilos para o armazenamento de urânio enriquecido, assim como o teto de 130 toneladas para os stocks de água pesada impostos pelo acordo.
No seu discurso, Kamalvandi disse que os europeus ainda vão a tempo de salvar o acordo, mas que o prazo não será alargado. Se a Europa der aos iranianos uma forma de manter o acesso aos mercados internacionais de petróleo e aos mercados financeiros, o país volta a cumprir os compromissos do acordo, concretizou.
De acordo com a agência Fars, citada pela Reuters, a mesma mensagem foi transmitida pelo presidente iraniano Hassan Rouhani ao novo embaixador francês no Irão. "É um momento crucial, e França ainda pode trabalhar com os outros signatários e desempenhar um papel histórico para salvar o acordo neste prazo tão curto", afirmou Rouhani.