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Trump: Se diálogo falhar, "há sempre hipótese" de guerra com Irão
O presidente norte-americano reforça as acusações ao Irão e não exclui a hipótese de abrir um conflito bélico, embora reitere que a solução preferencial passa pelo diálogo.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mostrou preferência por um acordo com o Irão através do diálogo, mas deixou a ressalva de que "há sempre uma hipótese" de avançar com uma ação militar, caso este país do Médio Oriente avance com a aquisição de armas nucleares.
Trump falava numa entrevista ao programa televisivo Good Morning Britain, da ITV, na qual reiterou a crença de que uma guerra pode ser evitada, de acordo com a Bloomberg.
Paralelamente, o líder dos EUA insistiu na acusação de que o acordo do Irão com as potências mundiais para a desnuclearização – do qual os Estados Unidos se retiraram - não funcionou. "O Irão era a nação terrorista número um naquele tempo, e provavelmente ainda é agora".
A administração Trump excluiu-se do acordo nuclear assinado em 2015 e no qual Teerão se comprometeu a aceitar limitações e maior vigilância internacional do seu programa nuclear, em troca do levantamento das sanções internacionais. Os Estados Unidos optaram em 2018 por repor sanções ao Irão, uma ação de que a União Europeia discorda. O acordo internacional sobre o nuclear iraniano foi assinado em 2015 entre o Irão e os 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China - mais a Alemanha).
A intervenção de Trump acontece depois de o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo já ter afirmado que os Estados Unidos estão prontos a dialogar com o Irão "sem condições pré-estabelecidas", mas sem diminuir "a campanha de "pressão máxima" a Teerão.
A hipótese de um conflito bélico entre os Estados Unidos e o Irão já havia sido levantada na sequência de declarações anteriores de Trump. Já em meados de maio, o presidente recorreu ao Twitter para passar a sua mensagem:
"Se o Irão quiser lutar, vai ser o fim oficial do Irão".