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Irão avisa que sanções norte-americanas contra petróleo não ficarão sem resposta
O reforço das sanções norte-americanas contra o petróleo iraniano não ficará "sem resposta", advertiu hoje o guia supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei.
Os Estados Unidos "devem saber que a sua medida hostil não ficará sem resposta. A nação iraniana não fica de braços cruzados face à animosidade", indicou através da rede social Twitter o 'ayatollah' Khamenei, sem precisar qual poderia ser a resposta iraniana.
"Os esforços dos Estados Unidos para um boicote das vendas de petróleo do Irão não os levarão a nenhum lado. Exportaremos o nosso petróleo tanto quanto precisarmos e tanto quanto quisermos", adiantou.
A política de "pressão máxima" dos Estados Unidos contra o Irão ultrapassou um novo limite na segunda-feira quando Washington anunciou a eliminação, a partir de 2 de maio, das exceções que permitiam ainda a oito países importar petróleo iraniano sem sofrerem as sanções norte-americanas impostas contra a República Islâmica.
"Os inimigos tomaram em vão medidas repetidas contra a nossa grande nação. (...) Nas questões económicas, dizem que querem pôr a nação iraniana de joelhos, mas devem saber que os iranianos não cederão", disse ainda Khamenei na mesma mensagem no Twitter.
O ministro do Petróleo iraniano, Bijan Zanganeh, considerou que os Estados Unidos "cometeram um grave erro politizando o petróleo e usando-o como arma no frágil estado do mercado", numa alusão à subida do preço do combustível após o anúncio da Casa Branca.
"Esta medida afetará muitos devido à (falta de) oferta", disse, adiantando ter dúvidas de que aliados dos Estados Unidos como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos possam compensar o petróleo iraniano, como sugeriu Washington.
Após a sua retirada unilateral do acordo internacional sobre o nuclear iraniano em maio de 2018, os Estados Unidos restabeleceram em agosto e novembro duras sanções económicas contra o Irão.
Os rendimentos do petróleo são vitais para a economia do Irão, que vive uma crise marcada pela inflação e desvalorização da moeda.