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EUA anunciam fim das isenções nas sanções ao Irão e levam petróleo para máximos de seis meses

Washington anunciou que, a partir de 2 de maio, os países que continuem a comprar petróleo a Teerão, serão alvo de sanções.

22 de Abril de 2019 às 17:05
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Os Estados Unidos vão acabar com as isenções às sanções impostas ao Irão, e que têm permitido ao país continuar a exportar petróleo para os seus maiores clientes, como é o caso da China.

 

A administração Trump dá assim mais um passo para cumprir o seu objetivo de "reduzir a zero" as exportações de petróleo daquele país, depois de Donald Trump ter abandonado unilateralmente o acordo nuclear de 2015 com Teerão, no mês passado, e ter voltdo a impor sanções à economia iraniana em novembro.

 

Contudo, os Estados Unidos concederam isenções de seis meses a oito países, que puderam continuar a comprar quantidades limitadas de petróleo iraniano. A expectativa do mercado era que essas isenções fossem prolongadas para cinco desses oito países, mas a administração Trump informou que qualquer país que continue a comprar petróleo a Teerão a partir do dia 2 de maio será sujeito a sanções.

 

"O presidente Donald Trump decidiu não revalidar" o regime de isenções quando este terminar, em maio, informou a Casa Branca, num comunicado citada pela imprensa internacional. "Esta decisão tem como objetivo levar as exportações de petróleo do Irão a zero, negando ao regime a sua principal fonte de receita".

 

Com esta medida, os Estados Unidos pretendem forçar o Irão a negociar depois de, ano passado, terem apresentado um alista de exigências que o país tem de cumprir para deixar de ser alvo de penalizações. Entre essas exigências estão novos limites ao seu programa nuclear e o fim do apoio a grupos terroristas designados pelos EUA.

 

"Com o anúncio de hoje, clarificamos a seriedade do nosso propósito", disse o secretário de Estado, Mike Pompeo, durante uma conferência de imprensa, esta segunda-feira, acrescentando que os objetivos dos Estados Unidos já são conhecidos "pelo aiatola e os seus comparsas".

 

A decisão dos Estados Unidos deverá, porém, retirar do mercado cerca de 1 milhão de barris de petróleo por dia, o que já está a fazer disparar as cotações. Tanto em Londres como em Nova Iorque, o petróleo está a valorizar mais de 2,5% para negociar no nível mais alto em quase seis meses.

 

De acordo com a Casa Branca, os Estados Unidos vão assegurar que não haverá falta de petróleo no mercado, juntamente com a Arábia Saudita, que já confirmou essa garantia.

 

"Nas próximas semanas, o reino estará em contacto próximo com outros países produtores e principais nações consumidoras de petróleo para garantir um mercado de petróleo equilibrado e estável, para benefício de produtores e consumidores, bem como da estabilidade da economia mundial", informou o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, em comunicado.

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