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Trump: "Se o Irão quiser luta, vai ser o fim oficial do Irão"

A tensão entre Washington e Teerão voltou a agravar-se este domingo, com Trump a recorrer ao Twitter para ameaçar o Irão.

Reuters
19 de Maio de 2019 às 22:53
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O presidente dos Estados Unidos voltou hoje a ameaçar o Irão, elevando as preocupações sobre um potencial conflito entre os dois países.

 

Foi mais ao Twitter que Donald Trump recorreu para passar a sua mensagem.

"Se o Irão quiser lutar, vai ser o fim oficial do Irão. Nunca mais voltem a ameaçar os Estados Unidos", escreveu o presidente dos EUA na sua conta na rede social.

 

Este tweet de Trump é até agora o mais agressivo na escalada de declarações dos dois lados sobre as relações entre os dois países. E surgem em sentido inverso às declarações de responsáveis norte-americanos, que têm nos últimos dias descartado o cenário de guerra com o Irão.

 

Alguns jornais internacionais dão conta que o tom mais agressivo de Trump poderá estar relacionado com ataques do Irão a militares norte-americanos na região do Medio Oriente, possivelmente no Iraque.

 

Este domingo o líder dos Guardiães da Revolução, Hossein Salami, também falou sobre as relações entre o Irão e os EUA. "Não procuramos a guerra nem a tememos. É a diferença em relação a eles [Estados Unidos], que têm medo da guerra", afirmou num discurso durante uma cerimónia militar, que foi difundido pela televisão estatal iraniana.

 

Salami avisou que, quando a ameaça é remota, as forças iranianas apenas planeiam uma resposta estratégica, mas que, quando a ameaça se aproxima, também entram em ação "em termos operativos".

 

Os Estados Unidos decidiram enviar para o Golfo Pérsico um navio de assalto anfíbio, um porta-aviões e caças-bombardeiros e designaram em abril os Guardiães da Revolução, uma força militar de elite, como grupo terrorista.

A tensão aumentou na última semana após a sabotagem de quatro petroleiros num porto dos Emirados Árabes Unidos e os ataques com 'drones' a um oleoduto saudita, com Riade a acusar o Irão de ter ordenado esta ação contra os rebeldes Huthis do Iémen.

 

Além da presença militar, os Estados Unidos têm agravado as sanções económicas ao Irão.

 

O ministro de Estado para os Assuntos Estrangeiros saudita, Adel al Yubeir, assegurou hoje que a Arábia Saudita não quer começar uma guerra com o Irão, mas responderá "com firmeza" a qualquer ameaça do país. "As mãos da Arábia Saudita estendem-se para a paz que procuramos alcançar, enquanto o regime iraniano não procura a paz na região", afirmou Al Yubeir, citado pela Efe.

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