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EUA e Rússia chegam a acordo para cessar-fogo na Síria

Os Estados Unidos e a Rússia chegaram a um acordo para um cessar-fogo na Síria, que deverá começar na segunda-feira, 13 de Setembro, e que prevê a suspensão de todas as operações de combate, incluindo os bombardeamentos aéreos.

Bloomberg
10 de Setembro de 2016 às 15:47
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Depois de um período de sete dias de respeito da trégua, ambos os países vão realizar ataques coordenados contra posições dos grupos extremistas Al Nusra e Estado Islâmico, disse o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em conferência de imprensa em Genebra, depois de uma maratona de negociações, ao lado do seu homólogo russo, Serguei Lavrov.

O início da trégua vai coincidir com o Eid al-Adha, principal festa muçulmana.

O conflito na Síria, que teve início em 2011, provocou a morte a mais de 290 mil pessoas e milhares de refugiados.

"Hoje, os Estados Unidos e a Rússia anunciam um plano que, esperamos, venha a reduzir a violência, o sofrimento e facilite o caminho em direção à paz negociada e a uma transição política na Síria", afirmou John Kerry.

O chefe da diplomacia norte-americana afirmou também que os Estados Unidos acreditam que a Rússia tem a capacidade para pressionar o Presidente sírio, Bashar al-Assad, para a acabar com o conflito e sentar-se à mesa das negociações.

A oposição síria entretanto disse esperar que o acordo entre os Estados Unidos e a Rússia para um cessar-fogo marque "o início do fim da tortura dos civis" no país devastado por cinco anos de guerra.

Num comunicado, Bassma Kodmani, membro do Alto Comité das Negociações (ACN), que reúne os principais representantes da oposição e da rebelião sírias, congratulou-se com o acordo, mas questionou-se sobre o que acontecerá se Moscovo não fizer pressão sobre o regime de Bashar al-Assad para o forçar a respeitar as tréguas. "Estamos na expectativa", adiantou a responsável.

Para Kodmani, "a questão chave é acabar com a estratégia de Assad de sitiar regiões inteiras", numa referência ao cerco a numerosas cidades e localidades rebeldes pelas forças pró-governamentais, nomeadamente a zona leste da segunda cidade do país, Aleppo.
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