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Estados Unidos consideram retirar tarifas à China para facilitar acordo
Segundo o The Wall Street Journal, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, já apresentou uma proposta para reduzir ou retirar as tarifas sobre as exportações chinesas para facilitar um acordo com Pequim.
As autoridades norte-americanas estão a debater a possibilidade de reduzir ou mesmo retirar as tarifas impostas sobre as importações chinesas com o objetivo de facilitar um acordo com Pequim e promover reformas mais profundas por parte do Governo da China.
Segundo avança o The Wall Street Journal, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, já apresentou uma proposta nesse sentido, para dar à China motivos para fazer concessões mais alargadas e ir ao encontro das pretensões dos Estados Unidos que dizem respeito não só às trocas comerciais, como também à propriedade intelectual, política industrial e segurança cibernética.
A publicação adianta, contudo, que a ideia enfrenta a resistência do Representante do Comércio dos Estados Unidos, Lighthizer, que considera que a retirada das tarifas poderá ser considerada um sinal de fraqueza por parte da maior economia do mundo.
A possibilidade de os Estados Unidos cederem nas negociações com Pequim é conhecida a menos de duas semanas da segunda ronda de conversações do período de tréguas acordado em dezembro, com a deslocação do vice-primeiro-ministro chinês Liu He, a Washington, nos dias 30 e 31 de janeiro.
A primeira ronda de negociações, que teve lugar em Pequim, terminou no passado dia 9 sem grandes sinais de progressos, com ambos os países a garantirem penas que foi preparado o terreno para a futura resolução das preocupações dos dois lados, e que vão manter um contacto "próximo".
Recorde-se que os dois países têm até ao dia 2 de Março para alcançar um acordo, no âmbito da trégua de 90 dias acordada no início de Dezembro, que interrompeu a imposição de um agravamento das tarifas norte-americanas sobre as importações chinesas.
Em causa está a subida de 10% para 25% da tarifa aplicada sobre 200 mil milhões de dólares de bens chineses e a ameaça de Trump de aplicar taxas aduaneiras a todos os produtos que Pequim exporte para território norte-americano.