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Estados Unidos consideram retirar tarifas à China para facilitar acordo

Segundo o The Wall Street Journal, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, já apresentou uma proposta para reduzir ou retirar as tarifas sobre as exportações chinesas para facilitar um acordo com Pequim.

Reuters
18 de Janeiro de 2019 às 08:04
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As autoridades norte-americanas estão a debater a possibilidade de reduzir ou mesmo retirar as tarifas impostas sobre as importações chinesas com o objetivo de facilitar um acordo com Pequim e promover reformas mais profundas por parte do Governo da China.

Segundo avança o The Wall Street Journal, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, já apresentou uma proposta nesse sentido, para dar à China motivos para fazer concessões mais alargadas e ir ao encontro das pretensões dos Estados Unidos que dizem respeito não só às trocas comerciais, como também à propriedade intelectual, política industrial e segurança cibernética.

A publicação adianta, contudo, que a ideia enfrenta a resistência do Representante do Comércio dos Estados Unidos, Lighthizer, que considera que a retirada das tarifas poderá ser considerada um sinal de fraqueza por parte da maior economia do mundo.

A possibilidade de os Estados Unidos cederem nas negociações com Pequim é conhecida a menos de duas semanas da segunda ronda de conversações do período de tréguas acordado em dezembro, com a deslocação do vice-primeiro-ministro chinês Liu He, a Washington, nos dias 30 e 31 de janeiro.

A primeira ronda de negociações, que teve lugar em Pequim, terminou no passado dia 9 sem grandes sinais de progressos, com ambos os países a garantirem penas que foi preparado o terreno para a futura resolução das preocupações dos dois lados, e que vão manter um contacto "próximo".

Recorde-se que os dois países têm até ao dia 2 de Março para alcançar um acordo, no âmbito da trégua de 90 dias acordada no início de Dezembro, que interrompeu a imposição de um agravamento das tarifas norte-americanas sobre as importações chinesas.

Em causa está a subida de 10% para 25% da tarifa aplicada sobre 200 mil milhões de dólares de bens chineses e a ameaça de Trump de aplicar taxas aduaneiras a todos os produtos que Pequim exporte para território norte-americano.

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