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Abertura dos mercados: Europa em máximos de dois meses. Petróleo com maior ciclo de ganhos semanais desde outubro

As bolsas estão a subir com o otimismo em torno da disputa comercial entre os EUA e a China. Pelo mesmo caminho segue o petróleo face à queda da produção da OPEP.

Reuters
18 de Janeiro de 2019 às 09:35
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,95% para 5.077,68 pontos

Stoxx 600 valoriza 0,88% para 353,8 pontos

Nikkei avançou 1,29% para 20.666,07 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos caem 1,1 pontos para 1,74%

Euro sobe 0,06% para 1,1396 dólares

Petróleo em Londres soma 0,51% para 61,49 dólares o barril

Bolsas europeias em máximos de dois meses. PSI-20 em máximos de três meses
As bolsas estão a ter um desempenho positivo no arranque de 2019. Esta semana, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, já acumula quatro sessões consecutivas de ganhos. O índice negoceia esta manhã em máximos de dois meses ao valorizar 0,88% para 353,8 pontos.

A contribuir para o sentimento positivo dos investidores está a notícia do The Wall Street Journal de que o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, já apresentou uma proposta para reduzir ou retirar as tarifas sobre as exportações chinesas para facilitar um acordo com Pequim - uma informação que foi desmentida oficialmente. O objetivo é facilitar o acordo que tem vindo a ser negociado nas últimas semanas pelas duas maiores economias do mundo.


A maior parte das praças europeias também negoceia em alta, com destaque para o setor automóvel e o da banca. O PSI-20 segue em alta ao subir 0,95% para os 5.077,68 pontos, atingindo máximos de três meses. A bolsa nacional está a ser impulsionada pelas subidas da Galp Energia, da Jerónimo Martins e do BCP. 

Mas há cotadas a registar fortes quedas neste início de sessão. É o caso da Ryanair cujas ações atingiram mínimos de quatro anos, depois de a empresa ter reduzido a expectativa de lucros para este ano. A operadora de telecomunicações italiana, a Telecom Italia, regista a maior queda em dois anos, após ter assistido a uma desaceleração no mercado interno.

Juros dos países europeus periféricos aliviam 
A incerteza em torno do processo da saída britânica da União Europeia tinha penalizado os juros dos países europeus. No entanto, a sessão de hoje é de alívio. Os juros a dez anos da dívida pública de Portugal estão a aliviar 1,1 pontos base para os 1,74%. No caso de Itália o alívio é de 3,2 pontos base para os 2,732%. Já os juros britânicos continuam a subir: mais 3,2 pontos base para os 1,18%.

Libra regressa às perdas
A libra está a caminho da melhor semana num ano, ainda que a divisa esteja em queda nesta sexta-feira. A moeda britânica está a desvalorizar 0,36% para os 1,2939 dólares.

A marcar o andamento da divisa estão os desenvolvimentos sobre a saída do Reino Unido da União Europeia numa altura em que falta apenas dois meses e meio para a data oficial do Brexit. Jeremy Corbyn, o líder dos trabalhistas, admitiu que um segundo referendo mantêm-se como uma hipótese. Neste momento, o Governo de Theresa May está em negociações com os partidos da oposição para acabar com o impasse depois de nesta semana o Parlamento ter recusado o acordo negociado com Bruxelas. No final deste mês será votado o "plano B".

O euro sobe 0,06% para os 1,1396 dólares.

Petróleo a caminho do maior ciclo de ganhos semanais desde outubro

A cotação do barril está a caminho do maior ciclo de ganhos semanais em três meses, o que reflete o cumprimento do acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para cortar a produção. Em dezembro, a produção da OPEP registou a maior queda em dois anos. Este mês é aplicada uma nova ronda de cortes.

A impedir maiores ganhos está a estratégia dos Estados Unidos de aumentar a produção uma vez que Donald Trump quer manter o petróleo barato. Além disso, a paralisação parcial do Governo federal norte-americano e a desaceleração económica a nível mundial também penalizam a cotação do barril.

Em Nova Iorque, o petróleo sobe 0,63% para os 52,4 dólares, com uma valorização acumulada das últimas três semanas de cerca de 16%. Em Londres, o barril valoriza 0,51% para 61,49 dólares.


Ouro cede. Paládio renova máximo
O otimismo à volta das negociações comerciais entre os EUA e a China está a prejudicar o ouro, que é visto como um ativo de refúgio. O metal precioso está a ceder 0,31% para os 1.288,05 dólares neste arranque de sessão, ainda que as perspetivas para a cotação do ouro sejam positivas, segundo um inquérito semanal da Bloomberg. 

Já o paládio continua acima dos 1.400 dólares, patamar que atingiu pela primeira vez na sessão anterior. O metal precioso, essencialmente usado nos catalisadores automóveis, já acumula uma subida de mais de 65% desde meados de agosto passado.

 

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