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China exige libertação da CFO da Huawei

Depois da detenção no sábado passado, que foi tornada pública esta quinta-feira, a China já pede a libertação da filha do fundador da tecnológica chinesa.

Reuters
06 de Dezembro de 2018 às 16:07
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A CFO (administradora financeira) da Huawei e filha do fundador da tecnológica chinesa, Meng Wanzhou, foi detida no Canadá no sábado passado, 1 de Dezembro, por suspeitas de violação das sanções impostas pelos EUA ao Irão. A informação veio a público esta quinta-feira, 6 de Dezembro, o que está a pressionar os mercados uma vez que os investidores receiam os efeitos na relação entre EUA e China. A primeira faísca já chegou: as autoridades chinesas querem a sua libertação. 

Na conferência de imprensa diária, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China revelou que as autoridades chineses exigem saber a razão da detenção e a "imediata" libertação de Meng Wanzhou. Geng Shuang citou o comunicado da Huawei para sugerir que a empresa não violou nem a lei norte-americana nem a lei canadiana. 

Sobre o acordo comercial, o porta-voz disse apenas que os dois países devem continuar a trabalhar em conjunto para chegar a um consenso. 

Anteriormente, a embaixada chinesa no Canadá já tinha reagido. "A pedido dos norte-americanos, os canadianos prenderam uma cidadã chinesa que não violou nenhuma lei americana ou canadiana", começa por escrever o porta-voz da embaixada numa nota publicada no site da entidade, assinalando que "os chineses opõem-se firmemente e protestam fortemente uma acção destas que afectou seriamente os direitos humanos da vítima". 

Na mesma nota, o porta-voz revela que as autoridades chinesas já incitaram as autoridades dos EUA e do Canadá a "corrigirem imediatamente esta irregularidade e a reporem a liberdade pessoal da Sra. Meng Wanzhou". A embaixada da China no Canadá diz ainda que continuará a acompanhar o assunto e tomará "todas as medidas" para proteger os direitos e interesses dos cidadãos chineses.

Wanzhou deverá enfrentar em breve a extradição do Canadá para os Estados Unidos, onde deverá ser ouvida esta sexta-feira. Em causa está a venda de equipamento da Huawei ao Irão no período posterior à entrada em vigor das restrições de Washington sobre as trocas comerciais iranianas com outros países.

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