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Fosun visada num caso de corrupção na China

A empresa do ramo imobiliário da Fosun terá vendido imóveis ao presidente de uma empresa estatal chinesa a um preço abaixo do praticado pelo mercado. Uma suspeita de favorecimento que a dona da Fidelidade explica com descontos feitos numa época difícil para o imobiliário.

12 de Agosto de 2015 às 15:31
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É dona da Fidelidade, da Luz Saúde e está na corrida pelo Novo Banco. A Fosun é uma gigante chinesa que tem andado numa onda de aquisições. Contudo, esta quarta-feira, 12 de Agosto, não são as suas compras que estão a ser noticiadas. O que está a ser avançado, por parte da agência chinesa Xinhua, é que a Fosun está ligada a um caso de favorecimento que pode configurar corrupção.

 

Conforme descreve o Financial Times, o caso envolve Guo Guangchang, presidente do conselho de administração da Fosun, e o antigo líder de uma empresa estatal, a Bright Food Group, chamado Wang Zongnan, entretanto condenado a 18 anos de prisão por desfalque e realização de subornos. Zongnan era director-geral de uma outra empresa, a Shanghai Friendship Group, também estatal.

 

A Fosun e a Shanghai Friendship Group tinham uma parceria. E Wang terá cedido benefícios à Fosun, sendo que também terá havido favores no sentido inverso, de acordo com a mesma agência, que tem como base o veredicto judicial que condenou Wang Zongnan.

 

No caso da Fosun, o que está em causa é a venda de duas vivendas por parte da companhia do ramo imobiliário da Fosun. A operação foi feita em 2003, com a venda dos imóveis à família de Wang Zongnan. Os imóveis foram alienados por 2,1 milhões de yuans, cerca de 300 mil euros. O valor encontra-se 2,7 milhões de yuans (387 milhões de euros) abaixo do preço de mercado dos imóveis naquela altura.


"Consideramos que os preços de venda dos imóveis se encontravam dentro do intervalo de desconto razoável oferecido pelas imobiliárias num ambiente económico de extrema recessão vivido na altura", indica a resposta oficial da Fosun.

 

A empresa chinesa vai mais longe e nega mesmo quaisquer favorecimentos na ligação ao grupo Shanghai Friendship: "O grupo Fosun nunca procurou benefícios inapropriados da cooperação existente com a Shangai Friendship Group, pelo que não houve lugar a qualquer proveito de Wang para o grupo".

 

"A Fosun apoia continuamente os esforços anti-corrupção do governo", indica ainda a resposta enviada ao Negócios. Como relembra o Financial Times, têm sido vários os visados pelo trabalho de anti-corrupção por parte do líder chinês Xi Jinping,. Ainda em Abril, o presidente da petrolífera chinesa foi detido por suspeitas de corrupção. O mesmo aconteceu com um vice-ministro.

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