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Presidente da China Telecom investigado

O presidente da China Telecom está a ser investigado pelo que Pequim aponta como sendo "violações disciplinares graves".

Paul Hilton/Bloomberg News
Negócios 27 de Dezembro de 2015 às 15:26
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O presidente de uma das maiores operadoras de telecomunicações chinesas, a China Telecom, está sob investigação pela autoridade que tem em mãos os processos anti-corrupção.

De acordo com a Bloomberg, que cita a Comissão Central de Inspecção Disciplinar, Chang Xiaobing é suspeito de "violações disciplinares graves". A Bloomberg acrescenta que o comunicado utiliza linguagem que muitas vezes se refere a investigações de corrupção. A empresa já o comunicou aos investidores

Chang, com 58 anos, é presidente do conselho de administração e presidente executivo da China Telecom, o terceiro maior operador móvel, desde Setembro, depois de ter saído da China Unicom.

No comunicado à bolsa de Hong Kong, a China Telecom diz que mantém as operações normalizadas e que prestará mais esclarecimentos se e quando for apropriado. 

As autoridades chinesas têm levado a cabo uma campanha contra funcionários alegadamente corruptos desde que o presidente Xi Jinping assumiu o cargo, em 2013, numa cruzada que tem visado vários líderes empresariais e que alguns analistas consideram uma forma de saneamento político.

As investigações envolveram já militares, executivos da indústria petrolífera, o sector financeiro e até reguladores. Em Outubro, o ex-presidente do maior produtor de petróleo chinês foi condenado a 16 anos de prisão por ter aceitado subornos e condenado de abuso de poder. No mês passado, Yao Gang, que estava no regulador para o mercado de capitais, foi envolvido nas pessoas sob investigação. 

Mais recentemente foi o presidente da Fosun que foi alvo de investigações, chegando a ser detido para interrogatório. 

Após a realização de investigações internas, o Partido Comunista chinês pode punir os supostos criminosos dentro da própria estrutura partidária ou expulsá-los e enviá-los para julgamento em tribunal, onde a condenação é praticamente garantida, acrescenta a Lusa.

A Bloomberg acrescenta, citando a revista Caijing, que a 26 de Dezembro, os executivos da China Telecom receberam a notícia de que a reunião anual prevista para 28 de Dezembro tinha sido adiada. 
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