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Fundador da Fosun deixa de ser dono de parte da empresa

Um dos fundadores vendeu a sua participação na Fosun. Os restantes três nomes que fundaram o grupo chinês, que detém actualmente a Fidelidade e a Luz Saúde em Portugal, ficaram com a posição, segundo a Bloomberg.

Guo Guangchang é o 30.º Mais Poderoso 2015
A Fosun tornou-se, no último ano, a face mais visível e forte do investimento chinês em Portugal. A aquisição da Fidelidade e da ES Saúde (convertida em Luz Saúde) e a previsível aposta em outras áreas, sobretudo nas áreas do lazer e media, fazem parte de uma estratégia que transformará Portugal num espécie de Quartel-General para a presença europeia e americana. Se adquirir o Novo Banco, para o qual ainda está na corrida, esse poder de fogo será ainda superior.
Reuters
12 de Novembro de 2015 às 16:23
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Fan Wei, um dos quatro fundadores da Fosun, deixou de ser dono de parte da empresa chinesa. A sua posição de 10% foi distribuída pelos restantes membros iniciais, incluindo o presidente da administração, Guo Guangchang.

 

De acordo com a Bloomberg, a venda da participação global de 10% que Fan Wei tinha na Fosun International Holdings foi feita por motivos de saúde. Não foi anunciado qual o preço da alienação da posição desta empresa, fundada em 1992, e que tem negócios um pouco por todo o mundo, incluindo o Club Med e também a Fidelidade e a Luz Saúde.

 

Com a transacção, Guo Guangchang (na foto) conseguiu aumentar a sua participação na "holdoing" que, a 4 de Setembro, se situava em 64,5%, segundo a Bloomberg. Já, na companhia cotada, a participação ascendia na mesma altura a 46%. 

 

A saída do capital ocorre depois de Fan Wei já ter deixado, igualmente, de ser administrador não executivo da empresa – um cargo em que se encontrava desde 2013, altura em que, também por motivos de saúde, tinha abandonado a gestão executiva do grupo que desenvolveu. Fan tem uma fortuna avaliada em mil milhões de dólares, segundo calculou a Forbes em Março.

 

A Fosun esteve na corrida pela Novo Banco em Portugal, a instituição financeira que herdou os passivos e activos considerados saudáveis do Banco Espírito Santo, que acabou por não ser vendido devido ao cancelamento do concurso.

 

O ritmo de compras do grupo foi intenso nos últimos anos mas em Setembro, altura de crise na bolsa chinesa, foi anunciado que o ritmo de aquisições iria ser travado. "Ainda estamos a olhar para novas oportunidades de investimento mas a nossa principal tarefa é, neste momento, centrarmo-nos naquilo que já temos", disse Guo Guangchang.

 

O grupo também não tem escapado a polémicas: um dos mais recentes foi a notícia de que uma empresa do ramo imobiliário da Fosun terá vendido imóveis ao presidente de uma empresa estatal chinesa a um preço abaixo do praticado pelo mercado. Uma suspeita de favorecimento que a dona da Fidelidade explica com descontos feitos numa época difícil para o imobiliário, como noticiou em Agosto o Financial Times.

 

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