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EUA prontos a atacar Coreia do Norte em caso de teste de arma nuclear
Fontes militares disseram à NBC News que a capacidade militar está no terreno e pronta a responder caso Pyongyang ouse premir o gatilho nuclear. A China pede "diálogo" e a Coreia do Norte diz que a situação está num "círculo vicioso".
Os Estados Unidos estão prontos a pôr em prática o que é designado por ataque preventivo com armas convencionais contra Pyongyang caso Washington considere que a Coreia do Norte se prepara para testar armas nucleares.
A notícia é avançada em exclusivo pela NBC News, que cita fontes dos serviços de inteligência norte-americanos, e segue-se ao aviso feito pelo regime liderado por Kim Jong-un de que um "grande acontecimento" deveria ser esperado em breve.
A Marinha norte-americana já colocou em posição dois navios capazes de disparar o mesmo género de mísseis Tomahawk que na semana passada atingiram uma base aérea síria de onde alegadamente tinham levantado voo aparelhos que levaram a cabo um ataque com armamento químico numa aldeia da Síria.
Além da capacidade naval, há também bombardeiros pesados localizados na base de Guam, prontos a levantar para atacar a Coreia do Norte. O porta-aviões USS Carl Vinson também já se encontra mobilizado para apoiar uma eventual intervenção.
Para lá de mísseis e bombas, refere a NBC, o ataque poderá vir a integrar operações informáticas e no solo.
A possível actuação de capacidade militar pesada dos EUA em território norte-coreano surge menos de 24 horas depois de a administração Trump ter desencadeado um bombardeamento no Afeganistão, usando a sua mais potente bomba convencional. Destinada a atacar posições alegadamente detidas pela organização terrorista islâmica Daesh, que operará uma rede de túneis na região, a bomba GBU-43 terá matado 36 combatentes da organização, segundo o governo afegão.
Uma intervenção de Washington em solo norte-coreano poderia desencadear, refere a cadeia de televisão norte-americana, um ataque de Pyongyang à vizinha Coreia do Sul.
A China já avisou entretanto que um conflito na península coreana pode desencadear-se a "todo o momento", depois de Trump ter dito na quinta-feira que a Coreia do Norte é um "problema" que "será tratado".
Em declarações citadas pela Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Pequim, Wang Yi, disse que que quem provocar uma guerra na península coreana "deverá assumir as suas responsabilidades históricas e pagar o preço" e que "se houver uma guerra, o resultado será uma situação em que todos perdem e ninguém sairá vencedor".
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano disse na sexta-feira que a situação na península coreana está num "círculo vicioso" e que os comentários "agressivos" do Presidente dos EUA, Donald Trump, no Twitter estão "a causar problemas," avança a mesma agência.