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Coreia do Norte mostra novo míssil e diz estar preparada para "responder a qualquer ataque nuclear"
"Estamos prontos para responder a uma guerra total por uma guerra total, e estamos preparados para responder a qualquer ataque nuclear com um ataque nuclear à nossa maneira", afirmou Choe Ryong-Hae.
A Coreia do Norte está preparada para dar resposta nuclear a qualquer ataque nuclear, disse hoje em Pyongyang o número dois do regime, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter recentemente prometido "tratar" do "problema" norte-coreano.
"Estamos prontos para responder a uma guerra total por uma guerra total, e estamos preparados para responder a qualquer ataque nuclear com um ataque nuclear à nossa maneira", afirmou Choe Ryong-Hae durante uma cerimónia realizada antes do desfile militar organizado para comemorar o 105.º aniversário do nascimento do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-Sung.
Kim Jong-il presidiu ao desfile organizado para celebrar o "Taeyangjeol" ("Dia do sol"), o aniversário de Kim Il-sung, avô do actual líder norte-coreano e considerado o fundador da Coreia do Norte, o primeiro líder da dinastia que controla o país há mais de 70 anos.
O exército da Coreia do Norte organizou um desfile de grande escala em Pyongyang para celebrar o 105.º aniversário do nascimento do fundador do país, uma demonstração do músculo militar numa altura de elevada tensão com Washington.
A Coreia do Norte mostrou hoje vários mísseis balísticos, incluindo um possível novo projéctil de alcance intercontinental. O regime fez desfilar pelo centro de Pyongyang e sobre camiões um tipo de projéctil nunca antes exibido em público e que poderá ser um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) de combustível sólido, escreve a agência Efe.
Peritos na matéria estão a analisar as caraterísticas deste novo projéctil que, advertem, poderá ser falso, já que não é a primeira vez que o regime exibe em desfiles maquetas falsas de mísseis que está a desenvolver.
EUA preparam ataque preventivo
A notícia foi avançada ontem em exclusivo pela NBC News, que cita fontes dos serviços de inteligência norte-americanos, e segue-se ao aviso feito pelo regime liderado por Kim Jong-un de que um "grande acontecimento" deveria ser esperado em breve.
A Marinha norte-americana já colocou em posição dois navios capazes de disparar o mesmo género de mísseis Tomahawk que na semana passada atingiram uma base aérea síria de onde alegadamente tinham levantado voo aparelhos que levaram a cabo um ataque com armamento químico numa aldeia da Síria.
A possível actuação de capacidade militar pesada dos EUA em território norte-coreano surge menos de 24 horas depois de a administração Trump ter desencadeado um bombardeamento no Afeganistão, usando a sua mais potente bomba convencional. Destinada a atacar posições alegadamente detidas pela organização terrorista islâmica Daesh, que operará uma rede de túneis na região, a bomba GBU-43 terá matado 36 combatentes da organização, segundo o governo afegão.
Uma intervenção de Washington em solo norte-coreano poderia desencadear, refere a cadeia de televisão norte-americana, um ataque de Pyongyang à vizinha Coreia do Sul.