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China assina acordos com empresas norte-americanas no valor de 218 mil milhões

A China assinou acordos de negócios com empresas norte-americanas no valor total de 253,4 mil milhões de dólares (218 mil milhões de euros), durante a visita do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Pequim.

Reuters
09 de Novembro de 2017 às 08:31
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Os acordos foram assinados durante uma cerimónia que contou com a presença de Trump e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, e incluem a compra de chips, aviões, componentes para automóveis e soja dos EUA.

Ambos os lados concordaram em cooperar num projecto de gás no Alasca avaliado em 43.000 milhões de dólares e num projecto de gás de xisto avaliado em 83,7 mil milhões de dólares.

O ministro chinês do Comércio, Zhong Shan, avançou à imprensa que os acordos assinados valem, no total, 253,4 mil milhões dólares. A este valor somam-se outros acordos, avaliados em 9 mil milhões de dólares, e assinados na quarta-feira.

Donald Trump definiu como prioridade reduzir o défice dos EUA na balança comercial com a China - 347 mil milhões de dólares, em 2016. Ross revelou que esse foi o "enfoque principal" nas suas reuniões com Xi.

Após a assinatura dos acordos, Xi prometeu um ambiente de negócios mais aberto para as empresas estrangeiras na China, depois de Trump ter apelado a uma mudança nas relações comerciais "injustas".

"A China não fechará as suas portas e irá abrir-se ainda mais", afirmou o líder chinês, prometendo que as empresas estrangeiras terão um mercado chinês "mais aberto, mais transparentes e mais ordenado".

Os contratos assinados esta quinta-feira, 9 de Novembro, incluem a aquisição de jactos da construtora norte-americana Boeing, no valor de 37 mil milhões de dólares, chips para telemóveis da Qualcomm, por 12 mil milhões de dólares, e veículos e componentes para automóveis da General Motors e da Ford, por um total de 11,7 mil milhões de dólares.

Os contratos assinados na quarta-feira incluem o compromisso de uma das maiores plataformas de vendas online chinesas, o JD.com, de comprar 1,2 mil milhões de dólares de bife e carne de porco dos Estados Unidos.

O excedente comercial da China com os EUA, em Outubro, aumentou 12,2%, face ao mesmo mês do ano passado, para 26,6 mil milhões de dólares. No conjunto, entre Janeiro e Outubro, Washington registou um défice de 223 mil milhões de dólares (192 ME) no comércio com Pequim.

A China é o terceiro maior mercado para os produtos norte-americanos, depois do Canadá e do México.

Durante a sua campanha eleitoral, Trump acusou várias vezes a China de concorrência desleal e, antes de partir para a visita à Ásia em curso, o líder norte-americano afirmou que o défice norte-americano na balança comercial com Pequim "é tão mau que dá vergonha".
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