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Supremo Tribunal declara constitucional estado de emergência na Venezuela
O Supremo confirmou a constitucionalidade da decisão do Governo de Maduro, "dadas as extraordinárias circunstâncias sociais, económicas, políticas, naturais e ecológicas que estão a afectar com gravidade a economia nacional".
O estado de emergência decretado na Venezuela esta semana pelo Presidente Nicolas Maduro é constitucional, declarou na quinta-feira o Supremo Tribunal do país.
Com a oposição a pressionar para a realização de um referendo para tirar Maduro do cargo, o Presidente decretou amplos poderes para as forças de segurança de modo a imporem a ordem pública e para ajudarem na distribuição de alimentos.
O congresso, controlado pela oposição, rejeitou a decisão.
No entanto, o Supremo Tribunal confirmou a sua constitucionalidade, "dadas as extraordinárias circunstâncias sociais, económicas, políticas, naturais e ecológicas que estão a afectar com gravidade a economia nacional".
Detido chefe de segurança do presidente do parlamento da Venezuela
A oposição e o Governo da Venezuela informaram, na quinta-feira, que o comissário Coromoto Rodríguez, actual chefe de segurança do presidente do parlamento, Henry Ramos, foi detido devido a envolvimento com um episódio de violência após uma manifestação.
"Detido pelo SEBIN [Serviço Bolivariano de Inteligência], o comissário Coromoto Rodríguez, chefe de segurança de @hramosallup", informou o diretor de comunicações da Assembleia Nacional (parlamento), Oliver Blanco, através da sua conta de Twitter.
Por seu lado, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse, durante um evento com militantes do Partido Socialista Unido em Caracas, que tinha sido detido o "autor intelectual" que pagou a "terroristas" para baterem numa mulher polícia durante os distúrbios que ocorreram na quinta-feira após uma marcha da oposição.
"Foi capturado hoje [quinta-feira], vai ser julgado e mandado para uma prisão de alta segurança. É um velho torturador da Acção Democrática, já está preso, acabámos de o capturar", assinalou.
Na quinta-feira decorreu uma marcha no centro de Caracas, convocada pela aliança da oposição Mesa de Unidade Democrática (MUD) para pressionar a realização de um referendo para revogar o mandato de Maduro. A marcha foi bloqueada pelas forças policiais e acabou por dispersar.
O Ministério Público informou que iniciou uma investigação relativa a agressões registadas durante essa mobilização, em que ficaram "feridos cinco funcionários da Polícia Nacional Bolivariana, agredidos por várias pessoas".