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Obama confiante no “sim” do Congresso à intervenção militar na Síria

Barack Obama já tem plano para a intervenção na Síria e não será como o do Afeganistão ou do Iraque. Apesar de não necessitar da aprovação do Congresso, a administração do Presidente dos Estados Unidos lançou uma campanha para persuadir os congressistas a apoiarem uma intervenção militar na Síria e revelou os traços gerais do plano.

03 de Setembro de 2013 às 17:08
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O Presidente dos Estados Unidos está confiante de que o Congresso aprove a intervenção militar na Síria contra o regime de Assad. E para garantir que os congressistas apoiam a intervenção na sequência do alegado uso de armas químicas, Obama e a sua administração lançaram uma campanha para persuadir o Congresso.

 

Neste sentido, o Presidente dos Estados Unidos revelou as linhas gerais do plano que traçou para ajudar as forças rebeldes a derrotar o regime de Bashar al-Assad, numa reunião com os líderes do Congresso esta terça-feira, indicando que o plano é diferente do que foi traçado para as intervenções no Afeganistão e no Iraque.

 

“O que estamos a prever é uma intervenção limitada. Algo proporcional, que degrade as capacidades de Assad”, disse Obama aos congressistas, cita a Reuters. “Ao mesmo tempo temos uma estratégia ampla que nos permitirá melhorar as capacidades da oposição”, indicou o Presidente dos Estados Unidos. Obama reiterou ainda aos líderes do Congresso que a intervenção na Síria não passará pelo recurso a tropas no terreno.

 

Questionado se estava confiante na aprovação do Congresso, Obama respondeu que “sim” e afirmou estar disposto a discutir as preocupações dos membros do Congresso sobre a acção militar. “Estou disposto a escutar as várias preocupações dos membros que aqui estão hoje. Estou confiante que essas preocupações podem ser apaziguadas”, disse Obama.

 

A decisão de Obama em procurar a aprovação do Congresso para a intervenção na Síria foi uma surpresa para a própria administração, membros do Congresso e aliados dos Estados Unidos, uma vez que na História recente, os presidentes norte-americanos têm dado aos congressistas um papel cada vez menor quando se trata de decidir o envolvimento dos Estados Unidos em guerras.

 

“Não iria ao Congresso se não estivesse certo de que as negociações e o sentimento em moldar a autorização serão positivas, de maneira a garantir que cumprimos a missão e de que seremos mais eficientes com a aprovação do Congresso”, afirmou Obama.

 

Obama vai ainda esta terça-feira reunir-se com membros das várias comissões do Senado e da Câmara dos Representantes. Também os secretários de Estado, John Kerry, e da Defesa, Chuck Hagel, vão prestar declarações na comissão do Senado dos Negócios Estrangeiros.

 

Apoiantes da intervenção norte-americana aumentam


Apesar das dúvidas dos políticos norte-americanos quanto à intervenção dos Estados Unidos, o número de “pesos-pesados” que estão a fazer “lobbying” para que o Congresso aprove a intervenção está a aumentar.

 

O republicano Jonh Boehner, presidente do Congresso, é o mais recente adepto da campanha de Obama e já afirmou publicamente que vai apoiar a intervenção dos militares norte-americanos na Síria.

 

“O uso de armas químicas requer uma resposta e só os Estados Unidos têm capacidade para travar Assad e para avisar os restantes países do globo de que este tipo de comportamento não vai ser tolerado”, afirmou Boehner aos jornalistas à saída da reunião com Obama. “Vou apoiar a decisão do Presidente. Acredito que os meus colegas deveriam fazer o mesmo”, acrescentou o presidente do Congresso.

 

Boehner junta-se assim a outros republicanos que já se posicionaram a favor de Obama. John McCain e Lindsey Grahm são dois deles. “Se o Congresso rejeitasse tal resolução [sobre a intervenção na Síria] após o Presidente já ter expressado a sua determinação em agir, as consequências seriam catastróficas”, disse McCain. No entanto, o senador republicano considera que uma acção demasiado limitada pode não ser eficaz.

 

Barack Obama revelou, no último sábado, a sua posição sobre a intervenção militar. Apesar de considerar que tem autoridade para decidir sem o apoio do Congresso, o Presidente dos EUA decidiu esperar pela votação deste órgão, que só vai debater o assunto e votar na próxima segunda-feira, dia 9 de Setembro.

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