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Lula vai à manifestação pró-Dilma

Os protestos marcados para as 19:00 em Lisboa incluem 40 cidades brasileiras. O ex-Presidente vai estar em São Paulo, um dia depois de a justiça ter suspendido a sua nomeação. Os manifestantes pró-destituição vão continuar nas ruas.

18 de Março de 2016 às 11:23
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O ex-Presidente brasileiro Lula da Silva, que nas últimas horas viu o seu cargo de ministro da Casa Civil suspenso pela justiça, vai participar nas manifestações de rua que esta sexta-feira, 18 de Março, estão marcadas na cidade de São Paulo para defender a permanência de Dilma Rousseff à frente do país.

A manifestação ocorre um dia depois de a Câmara dos Deputados brasileira ter acelerado a constituição de uma comissão especial para analisar a destituição da Presidente, cabendo-lhe investigar indícios de má conduta financeira na direcção do Estado.

De acordo com a conta do Partido dos Trabalhadores (PT) no Twitter, o antigo Chefe de Estado vai estar no "Acto Festival – o Canto da Democracia", que está marcado para as 19h (hora de Portugal Continental, menos três horas em São Paulo) e é promovido pela Frente Brasil Popular, que une o PT, o Partido Comunista do Brasil e sindicatos.

O protesto está marcado para a Avenida Paulista, frente ao Museu de Arte, um dos 40 locais em cidades onde estão previstas manifestações de apoio ao Executivo de Dilma durante esta sexta-feira.

A probabilidade de novos confrontos entre apoiantes e detractores de Dilma (como os que ocorreram esta quinta-feira em Brasília) é elevada. Segundo o jornal Folha de São Paulo, os manifestantes pró-destituição que ocupam desde quarta-feira à noite com 32 tendas parte da Avenida Paulista no centro daquela cidade já garantiram que não vão abandonar o local, que está próximo da zona para onde está marcada a concentração desta tarde.

Lula da Silva está num limbo político desde o início da tarde desta quinta-feira, quando foi nomeado ministro da Casa Civil por Dilma Rousseff, uma decisão que foi suspensa minutos depois por uma ordem do tribunal. O juiz Catta Preta, que participou em protestos contra o Governo Dilma, deu razão a uma acção popular que contestava a decisão. 

O Governo recorreu e essa ordem judicial foi entretanto anulada, mas existem pelo menos mais 20 acções semelhantes em trânsito nos tribunais, pedindo a anulação da nomeação. A nomeação de Lula para este cargo – cuja posse efectiva ocorre no próximo dia 22, terça-feira - coloca apenas nas mãos do Supremo Tribunal Federal qualquer investigação ao anterior Presidente da República.

A suspensão do mandato ocorreu no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados do Brasil deu posse à comissão especial que  vai analisar a destituição da Presidente Dilma Rousseff, destinada a estudar os indícios de má conduta da Presidente enquanto gestora das contas públicas em 2014 e também enquanto ex-líder da Petrobras. 

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