Notícia
Governo português garante cooperação com novo Presidente brasileiro
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, diz que quanto mais depressa se resolver a questão institucional do Brasil, mais rápido haverá condições para políticas públicas de recuperação da economia brasileira.
12 de Maio de 2016 às 16:37
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou esta quinta-feira, 12 de Maio, a solidariedade de Portugal com o Brasil, onde a Presidente, Dilma Rousseff, foi afastada do cargo, e reiterou a disponibilidade do Governo para "cooperar com a nação brasileira".
"Portugal reforça, repete, reafirma a sua disponibilidade para cooperar com a nação brasileira e com as autoridades brasileiras nos diferentes domínios em que a cooperação entre os dois países tem tido lugar", disse o chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva.
O governante garantiu que a actual situação política não vai atingir a comunidade portuguesa no Brasil, mas admitiu que as exportações e investimentos nacionais podem ser afectados, não pela situação política, mas pela crise económica que o país atravessa.
"Quanto mais depressa a questão institucional do Brasil for resolvida, mais depressa haverá condições, também do ponto de vista político, para o exercício de políticas públicas que possam ajudar a economia brasileira à sua retoma", defendeu Santos Silva.
O ministro disse que Portugal respeita as decisões internas do Brasil.
"O Brasil é um país irmão de Portugal, Portugal é um país irmão do Brasil. Nós respeitamos as decisões internas do Brasil e cooperaremos com o novo Presidente brasileiro e o seu Governo, da mesma forma leal e empenhada como colaborámos com o Governo de Dilma Rousseff e com os governos anteriores a esse", sustentou.
Questionado sobre se a actual instabilidade política no Brasil pode afectar a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), cuja presidência aquele país deve assumir este verão, Santos Silva considerou que não.
Segundo o ministro, "a próxima cimeira da CPLP ocorrerá no Brasil" e "compete às autoridades brasileiras fazerem propostas para a data da sua realização".
As cimeiras de chefes de Estado e de Governo da CPLP decorrem, de dois em dois anos, em Julho. A próxima deverá ocorrer no Brasil, mas a data ainda não está marcada, o que levou o secretário-executivo da organização, Murade Murargy, a manifestar a sua preocupação.
"Compreendemos muito bem que as autoridades brasileiras façam essas propostas quando estiverem em condições de as fazer. Não há nenhum problema da nossa parte", referiu Santos Silva.
"Nós compreendemos muito bem as dificuldades por que possam passar outros países e é nestes momentos que se vê a solidariedade. Se o Brasil passa por momentos difíceis, do ponto de vista económico e da estabilidade político-institucional, é nestes momentos que Portugal deve reafirmar, sem nenhuma espécie de reserva, a sua solidariedade", acrescentou.
O Senado aprovou hoje a instauração do processo de 'impeachment' (destituição) de Dilma Rousseff, com 55 votos a favor e 22 contra.
Michel Temer é, desde hoje, Presidente interino do Brasil depois de Dilma Rousseff ter sido afastada temporariamente por um prazo máximo 180 dias, por suspeitas de irregularidades orçamentais, com despesas não autorizadas.
Durante este período, o Senado irá julgar Dilma Rousseff num processo presidido por um juiz do Supremo Tribunal de Justiça, mas a chefe de Estado só será afastada definitivamente se for condenada por uma maioria de dois terços dos eleitos naquele órgão.
"Portugal reforça, repete, reafirma a sua disponibilidade para cooperar com a nação brasileira e com as autoridades brasileiras nos diferentes domínios em que a cooperação entre os dois países tem tido lugar", disse o chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva.
"Quanto mais depressa a questão institucional do Brasil for resolvida, mais depressa haverá condições, também do ponto de vista político, para o exercício de políticas públicas que possam ajudar a economia brasileira à sua retoma", defendeu Santos Silva.
O ministro disse que Portugal respeita as decisões internas do Brasil.
"O Brasil é um país irmão de Portugal, Portugal é um país irmão do Brasil. Nós respeitamos as decisões internas do Brasil e cooperaremos com o novo Presidente brasileiro e o seu Governo, da mesma forma leal e empenhada como colaborámos com o Governo de Dilma Rousseff e com os governos anteriores a esse", sustentou.
Questionado sobre se a actual instabilidade política no Brasil pode afectar a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), cuja presidência aquele país deve assumir este verão, Santos Silva considerou que não.
Segundo o ministro, "a próxima cimeira da CPLP ocorrerá no Brasil" e "compete às autoridades brasileiras fazerem propostas para a data da sua realização".
As cimeiras de chefes de Estado e de Governo da CPLP decorrem, de dois em dois anos, em Julho. A próxima deverá ocorrer no Brasil, mas a data ainda não está marcada, o que levou o secretário-executivo da organização, Murade Murargy, a manifestar a sua preocupação.
"Compreendemos muito bem que as autoridades brasileiras façam essas propostas quando estiverem em condições de as fazer. Não há nenhum problema da nossa parte", referiu Santos Silva.
"Nós compreendemos muito bem as dificuldades por que possam passar outros países e é nestes momentos que se vê a solidariedade. Se o Brasil passa por momentos difíceis, do ponto de vista económico e da estabilidade político-institucional, é nestes momentos que Portugal deve reafirmar, sem nenhuma espécie de reserva, a sua solidariedade", acrescentou.
O Senado aprovou hoje a instauração do processo de 'impeachment' (destituição) de Dilma Rousseff, com 55 votos a favor e 22 contra.
Michel Temer é, desde hoje, Presidente interino do Brasil depois de Dilma Rousseff ter sido afastada temporariamente por um prazo máximo 180 dias, por suspeitas de irregularidades orçamentais, com despesas não autorizadas.
Durante este período, o Senado irá julgar Dilma Rousseff num processo presidido por um juiz do Supremo Tribunal de Justiça, mas a chefe de Estado só será afastada definitivamente se for condenada por uma maioria de dois terços dos eleitos naquele órgão.