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FARC: "Ganhámos a mais bela de todas as batalhas"

O chefe negociador das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) nas negociações de paz afirmou, na noite de quarta-feira, que ganhou "a mais bela de todas as batalhas" com o histórico acordo de paz alcançado com o Governo.

Reuters
25 de Agosto de 2016 às 07:33
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"Creio que ganhamos a mais bela de todas as batalhas, a da paz da Colômbia", afirmou Luciano Marín Arango, conhecido como "Iván Márquez" (na foto à esquerda), o 'número dois' da maior guerrilha do país, referindo-se ao acordo firmado na quarta-feira na capital cubana com o governo presidido pelo Presidente Juan Manuel Santos.

 

O representante das FARC assinalou ainda que o acordo - alcançado ao fim de quase quatro anos de negociações e que visa pôr termo a mais de meio século de guerra civil - não só é "o mais desejado da Colômbia", como "acaba com a guerra de armas" e permite "o começo do debate de ideias", lançando "as bases para a paz e a convivência".

 

"O acordo de paz é um ponto de partida para que o povo multiétnico e multicultural unido sob a bandeira da inclusão seja ourives e escultor da mudança e da transformação social que pedem as maiorias", disse Márquez, após reconhecer as "dificuldades" que o processo de negociação conheceu.

 

O chefe negociador das FARC falou ainda sobre as vítimas do conflito: "Lamentavelmente em todas as guerras, mas especialmente nas de longa duração, cometem-se erros, afectando-se involuntariamente a população".

 

Agora, Márquez manifestou-se confiante de que o acordo vem "eliminar definitivamente o risco de as armas se voltarem contra os cidadãos".

 

Relativamente à etapa que se abre após o Tribunal Constitucional da Colômbia confirmar o referendo que se realizará a 2 de Outubro, Márquez falou de "um novo quadro político e social que garante a tranquilidade das gerações futuras".

 

"Teremos paz se se respeitarem os acordos. O povo deve constituir o principal garante do seu cumprimento", reiterou.

 

O representante das FARC aproveitou ainda o facto de se ter celebrado este acordo sem precedentes para instar a segunda maior guerrilha do país, o Exército de Libertação Nacional (ELN), que não aderiu oficialmente ao pacto nem participou nas conversações em Havana, "encontrar um caminho de aproximação" para a paz.

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