Notícia
Sonangol vai vender participação na Unitel
A petrolífera angolana detém 25% da operadora liderada por Isabel dos Santos.
A Sonangol vai vender a participação de 25% que detém na Unitel, a operadora de telecomunicações liderada por Isabel dos Santos. O anúncio foi feito esta quinta-feira, 15 de Novembro, pelo presidente do conselho de administração da petrolífera angolana, Carlos Saturnino, durante a apresentação do "Programa Regeneração".
A informação foi avançada pelos jornais angolanos Mercado e Novo Jornal, nas respectivas edições online.
A participação da Unitel faz parte de uma lista de 52 activos que o Governo angolano decidiu alienar até
Dezembro do próximo ano. O "Programa Regeneração" foi no dado ao processo de reestruturação da Sonangol, o qual contempla também a privatização parcial da própria petrolífera.
A Unitel, a maior operadora de telecomunicações móveis em Angola, tem como accionistas, com 25% cada um, a Vidatel, a Geni, a Mercury e a PT Ventures. A participação da Sonangol na Unitel está materializada através da Mercury, uma subsidiária de serviços de telecomunicações.
A Unitel é também a maior accionista do BFA (Banco Fomento Angola), do qual detém 51,9% do capital. Recorde-se que em Outubro de 2016 Isabel dos Santos chegou a um acordo com o Caixabank, os accionistas espanhóis do BPI. O Caixa
Em Portugal, a Sonangol, tem uma participação de 19,549% no BCP e uma posição indirecta na Galp através da Amorim Energia. Esta "holding" controla 33,34% da empresa portuguesa e é detida a 55% pela família Amorim e a 45% pela Esperanza. Este veículo, criado pelos angolanos, por sua vez, tem como accionistas a Sonangol (60%) e Isabel dos Santos (40%), sendo-lhe, pois, atribuída uma fatia de 15% da Galp.
Tal como o Negócios noticiou em Agosto deste ano, existem várias companhias internacionais interessadas em adquirir a posição que a Sonangol tem na Galp, tendo havido conversações neste sentido cujo desfecho, por ora, é desconhecido.
O programa de reestruturação da Sonangol foi aprovado em Setembro pelo Presidente da República de Angola. Na altura, numa nota enviada à imprensa, João Lourenço justificou o programa pela necessidade de encontrar soluções que garantam a sustentabilidade da indústria petrolífera em Angola, centrando a Sonangol no seu negócio principal, ou seja, o petróleo.