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João Lourenço confirma que a Sonangol vai sair da Galp e do BCP

A petrolífera angolana vai mesmo sair da Galp e do BCP. “O Executivo já anunciou que a Sonangol deve retirar-se de grande parte dos negócios e das participações em que está envolvida e que não têm muito que ver com o seu ‘core business’”, afirmou o presidente de Angola.

A petrolífera aumentou o dividendo em 10%, para 0,55 euros (0,25 euros já foram pagos no ano passado) por acção, o que traduz uma rendibilidade de 3,6%. A Galp Energia vai pagar 456 milhões de euros, sendo a segunda cotada da bolsa que mais dinheiro entrega aos accionistas. O “payout” é de 74,3%.
17 de Novembro de 2018 às 11:42
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A Sonangol não só não vai aumentar a sua participação na Galp, por via da aquisição da participação de Isabel dos Santos, como deverá mesmo sair da petrolífera portuguesa, confirmando-se assim a informação avançada pelo Negócios em Agosto passado quando noticiou que a empresa estatal angolana estava a negociar a venda da sua participação na empresa portuguesa com companhias internacionais.

 

Na altura, em reacção, uma fonte oficial da Sonangol disse ao "Expresso" que era intenção manter essa posição. Agora, em entrevista ao "Expresso", o presidente de Angola, João Lourenço, vem validar de forma peremptória a informação então veiculada pelo Negócios.

 

"Vejo muito pouco provável essa possibilidade [reforço da posição na Galp], porque em qualquer acto de compra e venda tem de haver vontade recíproca tanto de quem quer vender como de quem quer comprar. E a tendência é precisamente contrária", afirmou o presidente da Angola, este sábado, 17 de Novembro, em entrevista ao "Expresso".

 

João Lourenço confirmou que a Sonangol deverá mesmo sair das grandes empresas portuguesas, como são os casos da Galp e do BCP.

 

"O Executivo já anunciou que a Sonangol deve retirar-se de grande parte dos negócios e das participações em que está envolvida e que não têm muito que ver com o seu core business", explicou o presidente angolano.

 

"Não temos nada contra os portugueses do grupo Amorim, antes pelo contrário, mas num casamento deve haver vontade recíproca entre o noivo e a noiva, ambos têm de estar interessados", disse João Lourenço para justificar a opção do governo que lidera.

 

A Esperanza, que é detida pela Sonangol (60%) e Isabel dos Santos (40%), possui 45% da Amorim Energia, "holding" onde os restantes 55% estão nas mãos da família Amorim e que controla a Galp.

 

Questionado sobre se a Sonangol também irá alienar a posição de 19,49% que detém no capital do banco Millennium BCP, João Lourenço respondeu: "Não estou a dizer que vamos sair amanhã. Estou a dizer apenas que a tendência é essa…".

 

 

De resto, depois de ter exonerado Isabel dos Santos do conselho de administração da petrolífera angolana, substituindo-a na presidência da empresa por Carlos Saturnino, João Lourenço diz que "a Sonangol está melhor do que estava".

 

Lourenço reiterou a sua recusa em dar tratamento especial a Isabel dos Santos. "Não trato ninguém como pessoas especiais. Para mim não há pessoas especiais. Entendi que a Sonangol merecia outro conselho de administração e assim o fiz, e não estou arrependido de o ter feito. Se tivesse de o fazer de novo, fá-lo-ia", sublinhou.

 

 

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