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Ricardo Salgado: Maioria dos portugueses “está muito empenhada” no reforço das relações com Angola

Presidente do BES diz que é “muito importante” que se mantenha a confiança dos empresários nas relações entre Portugal e Angola.

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Ricardo Salgado, durante uma visita a Luanda, disse esta terça-feira que, apesar dos últimos desenvolvimentos, a grande maioria dos portugueses está “muito empenhada” no reforço da relação entre Portugal e Angola.

 

“O Banco Espírito Santo está muito empenhado numa estratégia de reforço das relações com empresários angolanos e portugueses no desenvolvimento de Angola” e “temos a certeza que a grande maioria dos portugueses partilha dessa realidade”, disse Ricardo Salgado, citado pela RTP África.

 

O presidente do BES esteve esta terça-feira em Luanda para promover "contactos entre empresas portuguesas e angolanas". A segunda deslocação do banqueiro a Luanda no mês de Outubro acontece uma semana depois de José Eduardo dos Santos ter afirmado que o contexto actual das relações entre Portugal e Angola "não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada" entre os dois países.

 

Optando por não comentar directamente estas declarações, Salgado destacou ser “muito importante para Portugal, em particular neste momento difícil que o meu país atravessa, que a confiança persista ao nível do empresariado e dos fluxos comerciais e de investimento, de Portugal para Angola e de Angola para Portugal”.

 

O presidente do BES esteve presente num evento promovido pela Sociedade de Desenvolvimento da Baía de Luanda, na capital de Angola. Uma opção que não será alheia ao facto de o BES e o braço não financeiro do Grupo Espírito Santo terem interesses no país africano.

 

Um dos temas que terão constado da agenda dos contactos desenvolvidos pelo banqueiro em Angola terá sido a concretização do acordo de venda da Escom, assinado em Dezembro de 2010, mas que continua por fechar.

 

Os 67% que o GES tem na empresa, que opera na área dos diamantes, energia, imobiliário, cimento e obras públicas, estiveram para ser vendidos à Sonangol. Mas a petrolífera angolana acabou por sair do negócio, em que começou por ser substituída pelo Fundo Soberano de Angola. Actualmente, estará em cima da mesa a concretização da venda da Escom a um grupo de empresários angolanos.

 

Esta operação terá sido um dos assuntos discutidos na audiência em que José Eduardo dos Santos, presidente de Angola, recebeu Ricardo Salgado, acompanhado por Amílcar Morais Pires, administrador financeiro do BES e que tem o pelouro do banco em Angola, e pelo advogado Daniel Proença de Carvalho. O encontro, que teve lugar em Luanda a 2 de Outubro, foi divulgado publicamente pela TPA, a televisão pública angolana. E perante os jornalistas locais, o banqueiro anunciou um novo aumento de capital no BES Angola, de 170 para 500 milhões de dólares, e a intenção de construir um hospital privado em Luanda, em parceria com a construtora portuguesa Teixeira Duarte.

 

Oficialmente, "a razão da viagem a Luanda prende-se com o desenvolvimento de contactos entre empresas angolanas e portuguesas e a actividade económica entre os dois países, no âmbito da estratégia de crescimento e desenvolvimento do BES Angola", adiantou fonte oficial do grupo ao Negócios.

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