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Citius já está a funcionar em pleno

O Instituto de Equipamentos da Justiça anunciou que está assegurado, a partir desta segunda-feira, o "acesso pleno a todas as funcionalidades da plataforma Citius" que suporta a actividade dos tribunais e das novas comarcas.

15 de Setembro de 2014 às 18:37
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Em comunicado, o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) explica que a plataforma "irá conter, neste primeiro momento, todos os novos processos instaurados após 15 de Setembro, apensos e demais informação associada, que seja submetida electronicamente pelos mandatários das partes".

 

De igual modo, nos tribunais, os juízes, os magistrados do Ministério Público e os funcionários judiciais poderão, durante o dia de hoje, tramitar electronicamente quaisquer peças processuais respeitantes a novos processos que não se encontrem, de alguma forma, ligados a processos anteriormente instaurados", refere o IGFEJ.

 

O Citius é um programa informático que permite a entrega em tribunal de peças processuais e de documentos por via electrónica com assinatura digital, dispensando-se o envio de cópias em papel.

 

Ainda a propósito do Citius, que registou anomalias nos primeiros 15 dias do novo mapa judiciário, o IGFEJ adianta que, agora e adicionalmente, será possível utilizar o novo sistema para transferir electronicamente qualquer processo anterior a 1 de Setembro, e aí praticar qualquer acto sobre o mesmo.

 

"Ou seja, qualquer urgência ou necessidade de trabalhar sobre um processo que não esteja no novo sistema, fica salvaguardada com a possibilidade da sua transferência electrónica para o novo sistema", garante o IGFEJ, através do seu Conselho Directivo.

 

Segundo o IGFEJ, adicionalmente, qualquer informação em suporte electrónico que seja entregue junto das comarcas, poderá ser arquivada electronicamente no novo sistema, para posteriormente ser associada a processos anteriores a 1 de Setembro e desta forma garantir a segurança da mesma e o acesso por parte dos magistrados e funcionários judiciais.

 

O IGFEJ sublinha que proceder-se-á, depois, de forma gradual, conforme recomendação do Grupo de Trabalho para a Implementação da Reforma da Organização Judiciária, comarca a comarca, à integração plena de toda a informação processual anterior a 1 de Setembro na nova versão da plataforma Citius já ajustada à nova organização judiciária.

 

Por último, esclarece que o procedimento utilizado para a migração salvaguardou toda a informação anterior a 1 de Setembro, "sendo possível, a qualquer momento, recuperar os dados em falta, tanto mais que o Citius com a estrutura anterior foi prévia e integralmente salvaguardado".

 

As falhas do Citius no arranque do novo mapa judiciário e os transtornos causados nos tribunais motivaram críticas da Ordem dos Advogados, Sindicato dos Funcionários de Justiça, Sindicatos dos Oficiais de Justiça, Associação Sindical dos Juízes e Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e levaram o PS socialista a pedir a demissão da ministra da Justiça, enquanto o PCP optou por pedir a audição urgente de Paula Teixeira da Cruz no Parlamento.

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