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Bava e Granadeiro arguidos na Operação Marquês

A informação está a ser avançada pela SIC Notícias. Os antigos gestores da Portugal Telecom passam a arguidos na operação que envolve José Sócrates.

Pedro Elias/Jornal de Negócios
Negócios 24 de Fevereiro de 2017 às 17:06
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Zeinal Bava e Henrique Granadeiro terão sido constituídos arguidos no âmbito da Operação Marquês, avança a SIC Notícias. Serão, assim, o 22.º e 23.º arguidos desta operação judicial.

De acordo com aquele canal de televisão, o antigo CEO, Zeinal Bava, foi interrogado na manhã desta sexta-feira, 24 de Fevereiro, no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), tendo sido constituído arguido mas saindo em liberdade. A notificação a Granadeiro terá acontecido depois de almoço.

Bava e Granadeiro seguem-se assim a Rui Horta e Costa - que a 8 de Fevereiro passado se demitiu da administração dos CTT depois de ter sido constituído arguido - e ao ex-CEO do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado - no processo que investigará a transferência verbas com origem no universo Espírito Santo para contas da Suíça e para Carlos Santos Silva e deste para o antigo primeiro-ministro José Sócrates - enquanto arguidos do caso.

Horta e Costa, cuja ligação ao caso decorre de ter sido administrador do resort Vale do Lobo, no Algarve, será suspeito de, com Diogo Gaspar Ferreira, ter "promovido o pagamento ilícito de dois milhões de euros" a Armando Vara e a Carlos Santos Silva, escrevia o Correio da Manhã a 8 de Fevereiro.

Os antigos CEO e chairman da Portugal Telecom já tinham sido alvo de buscas em Julho de 2016, quando procuradores do Ministério Público e inspectores da Autoridade Tributária terão estado em várias casas de Zeinal Bava e de Henrique Granadeiro.

Na altura, de acordo com um comunicado da PGR as diligências permitiram recolher "prova complementar àquela que já se encontrava reunida nos autos", sendo que "em causa estão eventuais ligações entre circuitos financeiros investigados neste inquérito [da "operação Marquês] e os grupos PT e Espírito Santo".

A investigação debruçava-se então sobre "factos susceptíveis de integrarem os crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais," no âmbito da "Operação Marquês", que investiga alegados crimes cometidos pelo ex-primeiro-ministro José Sócrates.

O canal da Impresa noticiava também que se pretendia saber se tinham sido pagas luvas a José Sócrates quando a PT saiu do capital da Vivo e entrou na também brasileira Oi. Transacções feitas na alturam em que José Sócrates era primeiro-ministro e em que terá tido um papel decisivo.

 

Isto porque, na altura, o Estado ainda a "golden share" na operadora portuguesa (minoria que permitia bloqueio) e que o Executivo PS usou para impedir que a Vivo fosse vendida aos espanhóis da Telefónica. O negócio acabou por se concretizar, mas o Governo de Sócrates deu indicações à PT para permanecer no Brasil através da Oi.


(Notícia actualizada às 17:28 com mais informação)
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