Notícia
Rui Horta e Costa renuncia aos CTT depois de constituído arguido na Operação Marquês
O até agora administrador não executivo dos Correios é, de acordo com o Correio da Manhã, o 21.º arguido da operação que envolve o antigo primeiro-ministro José Sócrates. Rui Horta e Costa renunciou ao cargo nos CTT.
08 de Fevereiro de 2017 às 14:02
Rui Horta e Costa renunciou ao cargo de administração não executivo dos CTT, revelando, ainda, indisponibilidade para renovar a função para o próximo mandato. O anúncio foi feito esta quarta-feira, 8 de Fevereiro, em comunicado dos CTT.
Horta e Costa "comunicou hoje a esta sociedade a sua renúncia ao cargo de administrador não executivo dos CTT, assim como a sua indisponibilidade para o exercício de idênticas funções no mandato 2017-2019, por motivos pessoais supervenientes à divulgação ontem efectuada das Recomendações da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações do Conselho de Administração dos CTT".
A renúncia acontece depois do Correia da Manhã ter noticiado esta quarta-feira que o até agora administrador não executivo dos CTT, Rui Horta e Costa, é o mais recente arguido na Operação Marquês. De acordo com aquele jornal, este é o 21.º arguido no caso, indiciado pela prática de crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Horta e Costa, cuja ligação ao caso decorre de ter sido administrador do resort Vale do Lobo, no Algarve, será suspeito de, com Diogo Gaspar Ferreira, ter "promovido o pagamento ilícito de dois milhões de euros" a Armando Vara e a Carlos Santos Silva, escreve o jornal.
O gestor agora arguido trabalhava antes na UBS em Londres e foi desafiado, conta o CM, por Gaspar Ferreira a participar no negócio onde também estava o irmão (Luís Horta e Costa), Helder Bataglia e Pedro Ferreira Neto.
Horta e Costa terá entrado com 1,2 milhões de euros dos 6 milhões colocados por todos os investidores no capital social da VDL, SA (grupo empresarial Vale do Lobo), em que a CGD tinha a maior fatia (25%, através de um contributo de 30 milhões de euros para capitais próprios).
O valor fará parte de uma parcela não declarada da venda de um lote de terreno no complexo turístico ao holandês Sander van Gelder, que terá funcionado como contrapartida do negócio. A alienação foi escriturada por 4.385 milhões de euros mas terá tido um "pagamento por fora" de dois milhões, valor que terá beneficiado Sócrates de Vara.
O jornal refere que a investigação da Operação Marquês, no que à questão de Vale do Lobo diz respeito, está praticamente concluída. A investigação acredita que José Sócrates seria o destinatário final das verbas que chegaram a Santos Silva.
O cargo de membro não executivo do conselho de administração de Vale do Lobo Resort consta do currículo do administrador no site dos CTT. Rui Horta e Costa, até à renúncia, foi administrador não executivo dos CTT, tendo ainda ontem sido conhecida a sua recomendação para a sua recondução para o mandato 2017-2019. Agora, em comunicado, Rui Horta e Costa deixa também cair a possibilidade de ser reconduzido.
O Negócios contactou os CTT mas até ao momento não foi possível obter declarações.
Horta e Costa "comunicou hoje a esta sociedade a sua renúncia ao cargo de administrador não executivo dos CTT, assim como a sua indisponibilidade para o exercício de idênticas funções no mandato 2017-2019, por motivos pessoais supervenientes à divulgação ontem efectuada das Recomendações da Comissão de Governo Societário, Avaliação e Nomeações do Conselho de Administração dos CTT".
Horta e Costa, cuja ligação ao caso decorre de ter sido administrador do resort Vale do Lobo, no Algarve, será suspeito de, com Diogo Gaspar Ferreira, ter "promovido o pagamento ilícito de dois milhões de euros" a Armando Vara e a Carlos Santos Silva, escreve o jornal.
O gestor agora arguido trabalhava antes na UBS em Londres e foi desafiado, conta o CM, por Gaspar Ferreira a participar no negócio onde também estava o irmão (Luís Horta e Costa), Helder Bataglia e Pedro Ferreira Neto.
Horta e Costa terá entrado com 1,2 milhões de euros dos 6 milhões colocados por todos os investidores no capital social da VDL, SA (grupo empresarial Vale do Lobo), em que a CGD tinha a maior fatia (25%, através de um contributo de 30 milhões de euros para capitais próprios).
O valor fará parte de uma parcela não declarada da venda de um lote de terreno no complexo turístico ao holandês Sander van Gelder, que terá funcionado como contrapartida do negócio. A alienação foi escriturada por 4.385 milhões de euros mas terá tido um "pagamento por fora" de dois milhões, valor que terá beneficiado Sócrates de Vara.
O jornal refere que a investigação da Operação Marquês, no que à questão de Vale do Lobo diz respeito, está praticamente concluída. A investigação acredita que José Sócrates seria o destinatário final das verbas que chegaram a Santos Silva.
O cargo de membro não executivo do conselho de administração de Vale do Lobo Resort consta do currículo do administrador no site dos CTT. Rui Horta e Costa, até à renúncia, foi administrador não executivo dos CTT, tendo ainda ontem sido conhecida a sua recomendação para a sua recondução para o mandato 2017-2019. Agora, em comunicado, Rui Horta e Costa deixa também cair a possibilidade de ser reconduzido.
O Negócios contactou os CTT mas até ao momento não foi possível obter declarações.