Depois de, esta manhã, a Comissão Europeia ter avisado que existe um risco elevado de a meta do défice de 2015 não ser cumprida, Maria Luís Albuquerque defende que o orçamento para 2015 é "absolutamente exequível".

"Aquilo que a Comissão Europeia veio dizer hoje não é nada diferente do que já sabíamos. Temos uma divergência de previsões", sublinhou a ministra das Finanças, à margem de uma conferência realizada no ISCTE, em Lisboa. "Nós continuamos a defender que as nossas previsões são adequadas".

Maria Luís Albuquerque recordou os números divulgados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística, que mostram que a economia portuguesa cresceu 1,1% no terceiro trimestre deste ano, para explicar que mais depressa confirmam as previsões de crescimento do governo do que as previsões das instituições internacionais.

"O INE acabou de rever em alta os números do crescimento do terceiro trimestre, reforçando as nossas expectativas para 2014 e dando-nos ainda mais confiança de que as previsões estão corretas", frisou a ministra.

"Os números de hoje vão mais no sentido de confirmar as nossas previsões do que as outras", acrescentou Maria Luís. Uma das divergências a que se refere a ministra das Finanças prende-se com as previsões para o ano de 2014 em que o Governo, no segundo orçamento rectificativo, pôs uma expectativa de crescimento de 1% e as instituições internacionais entre 0,8% e 0,9%.