Luís Pais Antunes, colunista do Negócios e sócio da sociedade de advogados PLMJ, que integra desde 1997, considera que dificilmente Marcelo Rebelo de Sousa poderia ter dito algo de substancialmente diferente quando se pronunciou sobre o Orçamento do Estado para 2016:

Uma frase bastou para resumir o pensamento do Presidente da República: "A política é a arte do possível. Resta saber se o possível é suficiente e isso só se verá com a execução rigorosa do orçamento e com o Plano Nacional de Reformas e o Programa de Estabilidade que irão ser apresentados". Uns respirarão de alívio; alguns dirão que é curto; outros que ficou implícita uma advertência sobre a ausência de margem de erro.

Dificilmente o Presidente poderia dizer algo de substancialmente diferente. Mais do que o que sobrou depois dos recuos que resultaram da pressão de Bruxelas, o que está verdadeiramente em causa é o que se passará a seguir.

A discussão sobre o orçamento acabou no dia em que a Europa disse o que estava disponível para aceitar como versão inicial. Agora o tempo é o de saber o que virá a ser necessário num futuro muito próximo. Mas sobre isso o Presidente não quis ainda falar...