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António Costa Pinto: declaração de Marcelo "indicia uma maior intervenção" do Presidente
O politólogo António Costa Pinto vê no discurso do Presidente uma defesa das virtudes do orçamento mas também um alerta sobre os seus riscos. E sobretudo mostra um Presidente que promete ser muito interventivo.
O Presidente, o Orçamento e a Instituição
Ainda não é desta que saberemos que "estilo político" Marcelo vai imprimir à sua Presidência, mas para já o próprio acto de falar ao País nesta ocasião indicia uma maior intervenção, pois ela foi menos comum nos seus antecessores.
Nesta primeira mensagem que acompanhou a promulgação do Orçamento, o conteúdo foi óbvio nas certezas e nas dúvidas. Entre as primeiras um desejo de estabilidade política e os aspectos positivos deste orçamento: para além de repor alguma equidade, para não falar da outra "dade" mais constitucional, o orçamento foi aprovado pelo parlamento e pela Comissão Europeia. Claro que também sublinhou o universo de incerteza e o rigor com que terá que ser realizado. Mas o fundamental é a mensagem política: "não podemos andar sempre em eleições", ainda que só em 2017 é que saberemos se o modelo económico implícito no Orçamento do governo vai funcionar.