Notícia
Regling avisa Portugal: Reversão de cortes na Função Pública "deve ser vista com preocupação"
O presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade avisa que Portugal não deve pôr em risco a competitividade "ganha com muito esforço" nos últimos anos e avisou para o que diz ser o retrocesso das reformas.
O presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), o alemão Klaus Regling (na foto), alertou esta quarta-feira, 26 de Outubro, para a necessidade de Portugal não inverter o rumo das reformas económicas, nomeadamente pelo prejuízo que isso pode ter na competitividade do país, recorrendo à reversão nos cortes dos salários dos funcionários públicos como exemplo.
"Temos de ser muito cuidadosos para que a competitividade que foi ganha com muito esforço (...) para que isso não seja posto em risco," afirmou em declarações citadas pela Reuters. A Bloomberg refere que as palavras de Regling foram ditas ontem aos jornalistas e mantidas sob embargo até às 11:00 desta quinta-feira.
A reversão dos cortes nos salários dos funcionários públicos foi apontada como ilustrando o que diz ser um retrocesso nas reformas: "É algo que deve ser visto com preocupação" afirmou.
A agência noticiosa dá ainda conta – sem reproduzir declarações na primeira pessoa - que Regling salientou os custos crescentes de financiamento desde que o novo Governo, liderado pelo Partido Socialista e com o apoio dos partidos à esquerda no Parlamento, tomou posse, há cerca de um ano.
Entre Janeiro e Setembro, de acordo com o boletim mensal do IGCP - que gere a dívida soberana portuguesa - o custo de financiamento da dívida directa do Estado emitida está em 2,7%, crescendo dos 2,4% registados em 2015. Em 2011 ficou nos 5,7%.
Cerca de um terço (26 mil milhões de euros) do programa de 78 mil milhões de euros do programa de assistência económica e financeira iniciado em 2011 foi suportado pelo então Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), agora MEE. Aos credores europeus, Portugal deve ainda 51,6 mil milhões de euros, bem como 18,5 mil milhões ao FMI.
No espaço de menos de 24 horas é a segunda vez que um responsável europeu de origem germânica faz considerações sobre a evolução da situação de Portugal desde que, no final de Novembro, o Governo Costa tomou posse. Ontem foi o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, a afirmar que "Portugal vinha tendo muito sucesso até [à chegada] de um novo Governo".
(Notícia corrigida às 13:05, com indicação de que as declarações de Klaus Regling foram feitas ontem e não esta quinta-feira)
"Temos de ser muito cuidadosos para que a competitividade que foi ganha com muito esforço (...) para que isso não seja posto em risco," afirmou em declarações citadas pela Reuters. A Bloomberg refere que as palavras de Regling foram ditas ontem aos jornalistas e mantidas sob embargo até às 11:00 desta quinta-feira.
A agência noticiosa dá ainda conta – sem reproduzir declarações na primeira pessoa - que Regling salientou os custos crescentes de financiamento desde que o novo Governo, liderado pelo Partido Socialista e com o apoio dos partidos à esquerda no Parlamento, tomou posse, há cerca de um ano.
Entre Janeiro e Setembro, de acordo com o boletim mensal do IGCP - que gere a dívida soberana portuguesa - o custo de financiamento da dívida directa do Estado emitida está em 2,7%, crescendo dos 2,4% registados em 2015. Em 2011 ficou nos 5,7%.
Cerca de um terço (26 mil milhões de euros) do programa de 78 mil milhões de euros do programa de assistência económica e financeira iniciado em 2011 foi suportado pelo então Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), agora MEE. Aos credores europeus, Portugal deve ainda 51,6 mil milhões de euros, bem como 18,5 mil milhões ao FMI.
No espaço de menos de 24 horas é a segunda vez que um responsável europeu de origem germânica faz considerações sobre a evolução da situação de Portugal desde que, no final de Novembro, o Governo Costa tomou posse. Ontem foi o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, a afirmar que "Portugal vinha tendo muito sucesso até [à chegada] de um novo Governo".
(Notícia corrigida às 13:05, com indicação de que as declarações de Klaus Regling foram feitas ontem e não esta quinta-feira)