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Carlos César: "Schäuble é incendiário que quer passar por bombeiro"

Na reacção às declarações de ontem do ministro alemão das Finanças, o líder da bancada socialista no Parlamento diz que as declarações de Schäuble não colam com a disponibilidade das empresas alemãs investirem em Portugal.

Miguel Baltazar
27 de Outubro de 2016 às 11:18
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O presidente do PS, Carlos César, referiu-se esta quinta-feira, 27 de Outubro, às declarações de ontem de Wolfgang Schäuble sobre a situação política em Portugal, acusando o responsável do Governo germânico de ser um "incendiário" e de as suas opiniões serem contraditórias com as intenções de investimento alemão no país.

"O ministro das Finanças alemão é, como se sabe, um incendiário que se propõe vender a imagem de bombeiro. Tem feito infelizmente isso não só no caso da economia portuguesa como em outros casos de outros países europeus," afirmou o também líder da bancada socialista à TSF.

Esta quarta-feira, num discurso feito numa conferência em Bucareste, o ministro alemão das Finanças disse que "Portugal vinha tendo muito sucesso até [à chegada] de um novo Governo".

"As coisas estão a acontecer da forma para a qual eu alertei o meu colega português [Mário Centeno] porque eu disse-lhe que se seguissem esse caminho iriam correr um grande risco e eu não correria esse risco", disse ainda o ministro, em declarações reproduzidas pela Bloomberg. 

Carlos César recordou as recentes manifestações de investimento em Portugal por parte das empresas alemãs no país para sustentar que há uma contradição entre a posição de Schäuble e a dos empresários alemães, que reconhecem, afirma, o potencial do país, com "estabilidade política e social e condições para progredir com a actual política."

"Mas o ministro das Finanças alemão devia pensar que os seus concidadão não têm a mesmo opinião, se pensarmos naqueles que investem na Volkswagen, na Continental ou outros investimentos que estão em curso com capitais alemães," justificou, referindo-se ao contrato de investimento de 50 milhões de euros com o Estado para a produção de pneus agrícolas e à contratação de 1.500 trabalhadores para a produção do novo modelo na fábrica de Palmela.
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