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PS lamenta "arrogância persistente e insensata" de Schäuble

Carlos César reagiu com dureza às declarações de Schäuble. O presidente socialista criticou a "arrogância persistente e insensata" do ministro alemão. Ao Expresso, o porta-voz de Schäuble afiança que o ministro não disse que Lisboa necessite de outro programa.

Bruno Simão/Negócios
29 de Junho de 2016 às 20:45
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O PS carregou no tom para responder às afirmações proferidas por Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças que esta quarta-feira terá dito que o Estado português precisaria de recorrer a um novo programa de assistência financeira. Carlos César, presidente do partido, numa declaração publicada no site do PS, lamentou a "arrogância persistente e insensata".

 

"É por estas e por outras que, infelizmente, há cada vez mais cidadãos europeus que se revelam contra essa arrogância persistente e insensata", criticou o presidente socialista.

 

Numa conferência realizada na capital germânica, Wolfgang Schäuble, segundo citações da Reuters e da Bloomberg, terá começado por dizer que Portugal vai pedir "um novo programa e vai tê-lo", para depois recuar afirmando que o Estado português "não quer, nem precisa" de outro resgate.

 

"Os portugueses não querem [um segundo resgate], e também não precisarão dele se cumprirem as regras europeias", concluiu o governante alemão. Para César, as palavras de Schäuble têm uma conclusão óbvia.

 

"Como se percebe, nem o próprio Wolfgang Schäuble percebeu o que disse e do que falava", criticou César. Porém, em declarações ao jornal Expresso, o porta-voz de Schäuble, Frank Paul Weber, garantiu que o ministro alemão não disse que "Portugal precisa de um resgate", informando que se limitou a referir que se Lisboa não cumprisse os objectivos definidos em sede da Zona Euro haveria consequências.

 

Antes, já João Galamba tinha comentado as declarações do ministro alemão defendendo que "a última coisa que precisamos neste momento é de incendiários". Citado pela Lusa, o deputado e porta-voz socialista sustentou que Portugal "precisa de estabilidade, serenidade e não de declarações" como as de Wolfgang Schäuble que, afiança o Galamba, não têm qualquer "correspondência com os factos" económicos.

 

Pouco tempo depois da difusão da notícia sobre as referidas declarações, o Ministério das Finanças assegurava que "não está em consideração qualquer novo plano de ajuda financeira a Portugal".

 

"O Governo continua e continuará focado no cumprimento das metas estabelecidas para retirar Portugal do Procedimento por Défices Excessivos. O mais recente sinal disso são os dados da execução orçamental conhecidos até ao momento", lia-se ainda na nota enviada pelo Ministério tutelado por Mário Centeno às redacções.

 

Esta quarta-feira, apesar do optimismo evidenciado pelo primeiro-ministro, António Costa, e por Galamba quanto à execução orçamental até Maio, e às perspectivas económicas para o país, em entrevista ao jornal Público, Centeno admitiu, pela primeira vez, que o crescimento económico em 2016 deverá ficar abaixo dos 1,8% do PIB previstos pelo Governo.

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