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Finanças a Schäuble: Não está a ser preparado um novo resgate
O Ministério das Finanças já respondeu à declaração de Schäuble (mais tarde corrigida) em que terá dito que Portugal vai solicitar "um novo programa e vai tê-lo". Do Terreiro do Paço vem a garantia de que "não está em consideração qualquer novo plano de ajuda financeira".
As declarações feitas em Berlim esta quarta-feira, 29 de Junho, pelo ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, não ficaram sem resposta. O Ministério das Finanças português afiança que "não está em consideração qualquer novo plano de ajuda financeira a Portugal".
Schäuble, segundo as agências Reuters e Bloomberg, garantiu que o Estado português vai solicitar "um novo programa e vai tê-lo", para depois emendar a mão dizendo que Portugal "não quer, nem precisa" de um novo programa de assistência financeira.
O governante germânico acrescentou depois que "Portugal está a cometer um erro grave se não cumprir os compromissos assumidos". "Os portugueses não querem [um segundo resgate], e também não precisarão dele se cumprirem as regras europeias", disse o ministro alemão que concluiu afirmando que "têm de cumprir as regras europeias, caso contrário enfrentarão dificuldades".
Pouco mais de uma hora depois de a notícia ter sido difundida nos vários órgãos de comunicação social, o ministério tutelado por Mário Centeno sentiu-se na necessidade de prestar um esclarecimento, mesmo que as afirmações de Wolfgang Schäuble tenham sido, como diz o comunicado do Governo, "imediatamente corrigidas pelo próprio".
"O Governo continua e continuará focado no cumprimento das metas estabelecidas para retirar Portugal do Procedimento por Défices Excessivos. O mais recente sinal disso são os dados da execução orçamental conhecidos até ao momento", pode ainda ler-se na resposta enviada às redacções no dia em que, numa entrevista concedida ao jornal Público, Centeno admitiu que a economia portuguesa deverá crescer menos do que consta nas previsões governamentais, que a oposição tem classificado de "irrealistas".
Durante o próximo mês de Julho Portugal, assim como Espanha, ficará a saber se será, ou não, alvo de sanções por parte da Comissão Europeia por, em 2015, ter registado um défice orçamental superior a 3% do PIB, adiando dessa forma a saída do procedimento por défices excessivos.
(Notícia actualizada às 17:29)