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Pires de Lima: “Aumentar os impostos outra vez? Seria mau para a economia”
O ministro da Economia garante que o Governo não tem um plano B, caso o Tribunal Constitucional chumbe as normas do diploma da CGA, enviadas para fiscalização preventiva pelo Presidente da República.
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“Respeitemos a decisão do Presidente da República e aguardemos serenamente a decisão do Tribunal Constitucional. De facto não temos nenhum plano B: reduzir a despesa pública não é substituível por qualquer aumento de impostos. Aumentar os impostos outra vez? Seria mau para a economia, que finalmente está a retomar, e os credores nem querem ouvir falar no assunto”, afirmou o ministro da Economia, António Pires de Lima, numa entrevista concedida esta segunda-feira ao “Diário Económico”.
Este sábado, 23 de Novembro, o Presidente da República pediu a fiscalização preventiva das normas do diploma da Caixa Geral de Aposentações que estabelecem cortes de até 10% nas pensões já em pagamento.
Fê-lo no sábado, último dia do prazo. O Tribunal Constitucional tem agora 25 dias para responder. Em comunicado, a Presidência explica que o TC terá que avaliar a conformidade destas normas com os princípios "da unidade do imposto sobre o rendimento, da capacidade contributiva, da progressividade e da universalidade, e com o princípio de protecção da confiança, quando conjugado com o princípio da proporcionalidade". Não há referência à questão do princípio da igualdade.
Se os cortes forem chumbados, a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) aplicar-se-á logo a partir dos 1.350 euros, tal como este ano. Mas o Governo ainda terá que encontrar medidas que garantam cerca de 400 milhões de euros.