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Pires de Lima diz que grupo liderado por Soares “chega a ser patético”

Ministro da Economia critica a falta de uma oposição construtiva e realista por parte do PS, que se tornou refém da política do 'não'. Em entrevista ao "Diário Económico" fala do regresso aos mercados, da reforma fiscal e do novo banco de Fomento.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 25 de Novembro de 2013 às 09:46
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Numa entrevista ao "Diário Económico", o ministro da Economia, Pires de Lima, critica a falta de uma oposição construtiva e realista por parte do PS, e defende mesmo que uma alternativa política só se constrói se o Partido Socialista deixar de estar refém do “não”.

 

“Tenho alguma pena que o PS esteja constantemente a ficar refém de uma posição política que assenta todo o seu discurso no ‘não’, às vezes até no não à discussão”, refere o governante.

 

Questionado sobre os sinais políticos que saíram da conferência promovida por Mário Soares, na semana passada, Pires de Lima não poupa críticas. Diz que o grupo “chega a ser patético”, mas reconhece que o PS não se revê nos apelos “violentos” do histórico socialista.

 

“Não tenho qualquer medo da violência de que fala – ou a que apela – o grupo que se reúne periodicamente na Aula Magna sob a liderança do privilegiado dr. Soares. Chega a ser patético: julgam-se donos da democracia. Que futuro representam?”, questiona o ministro, acrescentando que lamenta que o PS “não encontre um espaço político que lhe permita ser uma oposição mais construtiva e realista”.

 

Na mesma entrevista, Pires de Lima sublinha que o Orçamento para 2014 é “credível”, mas que Portugal deve comunicar melhor aquilo que faz junto dos investidores. O ministro da Economia não se compromete com números relativamente às ‘yields’ que permitirão o regresso aos mercados, e garante que a discussão no País é agora muito diferente de há uns meses atrás.

 

“Hoje, o que estamos a falar é do nível de crescimento que teremos no próximo ano, do nível de desemprego (…) e a forma como terminaremos este programa de resgate em 2014, isto é, sem qualquer necessidade de um mecanismo cautelar ou com necessidade de um mecanismo cautelar”, sustenta o responsável pela Economia.

 

Reforma do IRC e Banco de Fomento

 

António Pires de Lima acredita que a reforma fiscal iniciada pelo Governo de Passos Coelho vai colocar o País ao nível daquilo que são “os regimes mais competitivos da Europa”, e espera que a aprovação vá além da maioria PSD/CDS.

 

A descida do IRC, acredita o ministro, pode incentivar as empresas portuguesas que mudaram as suas sedes para fora do País, nomeadamente para a Holanda, a regressarem para Portugal.

 

Sobre o Banco de Fomento, Pires de Lima confirma que a instituição terá uma licença bancária, e arrancará em Julho de 2014 com fundos estruturais e linhas de financiamento. “Numa primeira fase, estamos a pensar alocar 1,5 mil milhões de euros de fundos estruturais a essa instituição”, afirma o governante.

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