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Moscovici: Portugal teve “uma grande melhoria”

O comissário europeu responsável pelos assuntos económicos e financeiros desvalorizou o agravamento do défice estrutural e os riscos relacionados com as contas públicas portuguesas e considerou que se observou uma “grande melhoria” no país.

Miguel Baltazar
13 de Fevereiro de 2017 às 11:19
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A Comissão Europeia está "a trabalhar de mãos dadas e de forma construtiva e positiva com as autoridades portuguesas", respondeu Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, em resposta a uma pergunta sobre o agravamento do défice estrutural em 2017, os problemas da banca e a subida dos juros. "Analisando o desempenho geral de Portugal, vejo melhorias muito grandes", acrescentou durante a conferência de imprensa de apresentação das previsões macroeconómicas de Inverno, nesta segunda-feira, 13 de Fevereiro.

 

O comissário referiu-se em específico a uma segunda metade do ano "forte", especialmente o sector do turismo, algo que também é sublinhado no documento técnico das previsões de Inverno, onde é referido que o sector exportador foi ajudado por este maior dinamismo turístico em 2016.

 

Moscovici apontou ainda para os dados do crescimento, que mostram uma Comissão mais optimista em relação à economia portuguesa, e para uma contínua descida do desemprego, que deverá cair mais um ponto percentual em 2017, de 11,2% para 10,1%.

 

Quanto ao défice, deverá diminuir para 2,3% do PIB - abaixo da meta de 2,5%, ainda que graças a medidas extraordinárias - o comissário adiantou que terá de ser tomada uma decisão em relação à saída (ou permanência) de Portugal do Procedimento dos Défices Excessivos, algo que apenas poderá ser feito depois de ser conhecido o valor definitivo para 2016 (previsto para Março), e não deu especial importância ao agravamento do défice estrutural, considerado o indicador que melhor mede a consolidação orçamental efectiva.

Segundo as previsões de Bruxelas, não houve alterações nesse patamar de consolidação entre 2015 e 2016, tendo o indicador permanecido em 2,2% do PIB, devendo este agravar-se para 2,3% neste ano e para 2,6% do PIB em 2018. "O défice estrutural manteve-se quase inalterado e prevemos um agravamento, mas no quadro de políticas inalteradas", afirmou o comissário. Isto é, quando forem divulgados os orçamentos de cada um desses anos, essa previsão poderá ser revista (em baixa ou em alta).

No final da sua resposta, Moscovici voltou a deixar uma nota positiva: "Estamos a acompanhar a situação, mas em geral trata-se de um desempenho forte, que regista uma grande melhoria."

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