Notícia
Gentiloni elogia Portugal: "Economia deve crescer o dobro da União Europeia"
Comissão Europeia destaca crescimento económico acima da média e contas mais equilibradas do que a maioria dos Estados-membros. Sobre o PRR, não vê problemas nos atrasos da execução.
O comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, elogiou Portugal pelas perspetivas positivas, tanto para o crescimento económico, como para as contas públicas, destacando que o país se destaca dos restantes países da União Europeia (UE) pela positiva.
"Temos previsões positivas para Portugal: o crescimento esperado de 2,4% é o dobro da média da UE este ano. Não podemos descrever isto como negativo", afirmou Gentiloni, na conferência de imprensa que se seguiu à apresentação das Previsões de Primavera, divulgadas nesta segunda-feira, 15 de maio.
Além disso, o comissário destacou o facto de as estimativas para o saldo orçamental serem também mais positivas do que a maioria da UE. "É interessante notar que o saldo orçamental, apesar de um conjunto significativo de medidas com impacto substancial, é no geral melhor do que outros Estados-membros. Cerca de 14 Estados-membros estimam défices acima de 3% e não é o caso de Portugal", afirmou Gentinoli.
Recorde-se que a Comissão mostrou-se hoje mais otimista do que o Governo português, esperando mais crescimento económico e contas quase equilibradas este ano.
Por outro lado, Bruxelas destaca a perda de poder de compra das famílias na generalidade da Zona Euro, que se podem agravar dado o apertão que ainda se espera na política monetária do Banco Central Europeu (BCE) para conter a subida de preços. E alertou para a subida de salários e os receios (renovados) de uma espiral inflacionista.
Questionado sobre se não havia uma contradição, Gentiloni admitiu que sim. "Ela existe entre as expectativas e a realidade das famílias".
"Esperamos que os salários aumentem de forma mais forte no próximo ano, este ano ainda não. Há este aspeto social e tem de se tentar evitar uma espiral inflacionista promovida pelos salários", disse.
Portugal ainda não remeteu revisão do PRR
O comissário da economia foi ainda interrogado sobre a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português. Gentiloni admitiu alguns "atrasos técnicos" na implementação do programa português, que desvalorizou. "Há atrasos técnicos na implementação em vários países e eu não vejo problemas específicos de Portugal, seja na sustentabilidade da dívida ou na implementação do PRR", disse.
A porta-voz do Comissário disse ainda que Portugal não remeteu a Bruxelas uma revisão do plano.
Portugal só poderá pedir a Bruxelas o terceiro cheque do PRR depois de remeter à Comissão o processo de reprogramação da bazuca europeia, escreveu recentemente o jornal Eco.
"Temos previsões positivas para Portugal: o crescimento esperado de 2,4% é o dobro da média da UE este ano. Não podemos descrever isto como negativo", afirmou Gentiloni, na conferência de imprensa que se seguiu à apresentação das Previsões de Primavera, divulgadas nesta segunda-feira, 15 de maio.
Recorde-se que a Comissão mostrou-se hoje mais otimista do que o Governo português, esperando mais crescimento económico e contas quase equilibradas este ano.
Por outro lado, Bruxelas destaca a perda de poder de compra das famílias na generalidade da Zona Euro, que se podem agravar dado o apertão que ainda se espera na política monetária do Banco Central Europeu (BCE) para conter a subida de preços. E alertou para a subida de salários e os receios (renovados) de uma espiral inflacionista.
Questionado sobre se não havia uma contradição, Gentiloni admitiu que sim. "Ela existe entre as expectativas e a realidade das famílias".
"Esperamos que os salários aumentem de forma mais forte no próximo ano, este ano ainda não. Há este aspeto social e tem de se tentar evitar uma espiral inflacionista promovida pelos salários", disse.
Portugal ainda não remeteu revisão do PRR
O comissário da economia foi ainda interrogado sobre a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português. Gentiloni admitiu alguns "atrasos técnicos" na implementação do programa português, que desvalorizou. "Há atrasos técnicos na implementação em vários países e eu não vejo problemas específicos de Portugal, seja na sustentabilidade da dívida ou na implementação do PRR", disse.
A porta-voz do Comissário disse ainda que Portugal não remeteu a Bruxelas uma revisão do plano.
Portugal só poderá pedir a Bruxelas o terceiro cheque do PRR depois de remeter à Comissão o processo de reprogramação da bazuca europeia, escreveu recentemente o jornal Eco.