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Marcelo acredita que crescimento da economia poderá ser "superior" a 2,4% este ano

Presidente da República está ainda mais otimista do que Bruxelas sobre o desempenho da economia este ano. "Não há razões para esperar que não possa haver um resultado no final do ano superior a esse", diz, apontando o crescimento do turismo e das exportações. Mas alerta que é preciso fazer chegar esses "bons resultados macro" ao bolso dos portugueses.

António Pedro Santos / Lusa
16 de Maio de 2023 às 12:46
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu esta terça-feira que acredita que o crescimento da economia portuguesa este ano poderá ser "superior" aos 2,4% esperados pela Comissão Europeia.

"A Comissão Europeia diz que Portugal pode atingir 2,4% de crescimento este ano. Penso que pode atingir mais. Não há razões para esperar que não possa haver um resultado no final do ano superior a esse", referiu Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, transmitidas pela RTP3.

O chefe de Estado explicou que mantém uma expectativa mais otimista em relação à evolução da economia portuguesa tendo em conta que, no primeiro trimestre – "que é o mais complicado" –, Portugal cresceu 2,5%. Além disso, "o turismo e as exportações continuam a subir", "o investimento externo está a aguentar bem", "os números de desemprego até agora não são preocupantes" e Portugal prepara-se para entrar "no período máximo do turismo que é o verão".

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou, no entanto, que é preciso que esses "bons resultados macro" cheguem "ao bolso dos portugueses". "Isso demora tempo, mas pode chegar por vários caminhos", defendeu. 

Uma forma, segundo o Presidente da República, de fazer chegar esses bons resultados aos portugueses é através da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). "Quando o PRR chega ao terreno, distribui mais dinheiro em obras e, por isso, em salários, compra de materiais. E estamos com uma taxa de execução que melhorou", sinalizou.

Por outro lado, referiu que há as medidas extraordinárias que foram adotadas pelo Governo, "que entram em força agora neste meses", com o aumento extraordinário dos salários na Função Pública, a atualização das pensões e a bonificação dos juros no crédito à habitação, cujos pedidos de adesão passaram a ser possíveis a partir desta terça-feira.

"Vamos ver se isso também contribuiu para injetar dinheiro na vida das famílias, para que possam verem a luz ao fundo do túnel. Isto é que os números macro estão a chegar aos seus bolsos micro", disse.

O abrandamento da inflação é, para Marcelo Rebelo de Sousa, uma questão crucial para aliviar as famílias e, sobre isso, salientou que as previsões da Comissão Europeia são também otimistas, ao anteciparem um alívio da inflação anual de 5,1% este ano e uma diminuição para 2,7% em 2024. "Vamos ver até onde vai e se chega ao final do ano nos 3% ou 4%", disse.

O chefe de Estado sublinhou que a questão da subida dos juros é "um problema onde ainda não se vê uma saída" e reiterou que os juros nos depósitos devem aumentar, numa altura em que os bancos "estão a cobrar muito pelos juros" nos créditos, o considera ser "um fator muito negativo para as famílias portuguesas". "Isso pode atrasar a chegada aos tais números macro muito bons ao bolso dos portugueses", reafirmou.
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