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Eurogrupo "curioso" por conhecer planos orçamentais de Centeno

Em Bruxelas espera-se que na segunda-feira o novo ministro das Finanças explique como conta manter o país "no caminho da consolidação orçamental e das reformas estruturais", que visam resolver os grandes problemas de competitividade do país.

António Costa não vai discursar no debate do programa do Governo.
Miguel Baltazar/Negócios
03 de Dezembro de 2015 às 16:30
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O fórum de ministros das Finanças da zona euro vai ouvir o novo ministro das Finanças, Mário Centeno, na reunião da próxima segunda-feira, enquanto aguarda "curioso" pelo plano orçamental português para 2016, indicou nesta quinta-feira, 2 de Dezembro, um alto responsável do Eurogrupo.


Entre os pontos da agenda da última reunião do ano do Eurogrupo, que se realizará a 7 de Dezembro em Bruxelas, está a apresentação dos planos e prioridades do novo executivo português, que hoje conclui, em Lisboa, a apresentação do Programa de Governo na Assembleia da República.

O responsável do Eurogrupo lembrou que Mário Centeno "já esteve na cidade" de Bruxelas, esta semana, "para uma primeira série de discussões com a Comissão" Europeia, devendo na próxima segunda-feira, "como é habitual para um novo ministro de um novo governo, apresentar os planos políticos e prioridades do recém-empossado Governo".


Questionado sobre se há preocupação no seio do Eurogrupo com os planos do novo Governo socialista, o alto responsável do fórum de ministros das Finanças da Zona Euro admitiu que o Eurogrupo está "curioso" relativamente ao plano orçamental que Lisboa deve apresentar a Bruxelas em Janeiro, designadamente de que modo o novo executivo liderado por António Costa conta manter o país "no caminho da consolidação orçamental e das reformas estruturais", que visam resolver os grandes problemas de competitividade do país.


"Os desequilíbrios económicos não desaparecem com o fim do programa como que por magia", avisa a mesma fonte, recordando ainda que "nas origens do programa de assistência português havia um elevado défice relacionado com a perda de competitividade".
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Por fim, o mesmo responsável apontou que, apesar de Portugal já não estar sob programa de assistência financeira, "há muitos instrumentos" através dos quais as políticas económicas do país são monitorizadas -- de uma forma mais constante do que países que não tenham tido assistência externa, apontou -, entre os quais a vigilância pós-programa e a vigilância por desequilíbrios macroeconómicos.


Mário Centeno fará na próxima segunda-feira a sua estreia em reuniões do Eurogrupo, depois de, na terça-feira, já se ter deslocado à sede da Comissão Europeia, para reuniões nas quais o executivo comunitário lhe comunicou que está disposto a esperar "até final do ano/início de Janeiro", pelo esboço do plano de Orçamento do Estado para 2016, que Portugal deveria ter apresentado até 15 de Outubro passado.


Fonte comunitária disse à agência Lusa que o presidente da Comissão Europeia, Jean Claude-Juncker, deixou claro que Bruxelas "não quer um plano de orçamento com base num cenário de políticas inalteradas", mas que até "ao final do ano/início de Janeiro deverá ser entregue um verdadeiro plano de Orçamento do Estado".


O ministro das Finanças do Governo PS, Mário Centeno, fez uma "visita de cortesia ao vice-presidente da Comissão Europeia (responsável pelo Euro), Valdis Dombrovskis, ao comissário (dos Assuntos Económicos) Pierre Moscovici e à comissária (da Concorrência) Vestager", acrescentou, por seu lado, uma porta-voz da Comissão Europeia.

 

 

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