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Comissão Europeia: Novas condições para a Grécia nunca antes de Maio
Fonte oficial da Comissão Europeia vinca que qualquer debate sobre a Grécia depende da execução orçamental de 2013.
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A Comissão Europeia diz desconhecer quaisquer debates sobre melhores condições nos empréstimos concedidos à Grécia. Fonte oficial recorda em Novembro de 2012 se admitiu a hipótese de baixar as taxas de juro aos empréstimos bilaterais concedidos em 2010, mas que tal ficou condicional ao país registar um excedente orçamental primário em 2013. Ora essa é uma informação só será validada pelo Eurostat no final de Abril, pelo que qualquer alteração às actuais condições não será equacionada antes de Maio. Questionada, a mesma fonte não comentou possíveis impactos para Portugal.
"Não tenho conhecimento de tais conversas", respondeu ao Negócios Simon O’Connor, porta voz de Olli Rehn, quando questionado sobre a possibilidade, avançada hoje pela agência Bloomberg, de a Grécia poder vir a beneficiar de uma redução de juros e uma extensão da maturidade dos seus empréstimos de 30 para 50 anos. No início da semana, a "Der Spiegel" escreveu que os ministros das Finanças ponderam mesmo um terceiro resgate para a Grécia que poderá ascender a 20 mil milhões de euros.
Segundo O’Connor "a possibilidade de cortes adicionais nas taxas de juro dos empréstimos da 'Greek Loan Facilty' [o conjunto de empréstimos bilaterais que compuseram o primeiro resgate grego quando ainda não existiam fundos europeus de resgate] foi mencionada na declaração do Eurogrupo de 27 de Novembro de 2012, mas esta conversa será para mais tarde no ano, não para agora. Para começar, não teremos a confirmação do Eurostat da existência de um excedente primário em 2013 até ao final de Abril, e esta é uma pré-condição para termos esta discussão". "Neste momento a prioridade é conseguir que a avaliação que está a decorrer seja bem sucedida", rematou.
Questionado, o responsável pela comunicação de Olli Rehn não comentou quaisquer possíveis impactos de negociações para Portugal. No final de 2012 foram concedidas condições mais favoráveis à Grécia que não foram repetidas em Portugal que, mais tarde, acabou por negociar uma extensão da maturidade dos seus empréstimos.