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O que dizem os analistas dos bancos sobre a Grécia

Os analistas dos bancos tentam antecipar o que se vai passar com a Grécia numa semana que pode ser determinante. E que começa com a cimeira dos líderes do euro.

Reuters
Negócios 21 de Junho de 2015 às 18:47
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Controlo de capitais num modelo semelhante ao seguido pelo Chipre é considerado provável enquanto o incumprimento é visto como não sendo inevitável. Esta é a perspectiva partilhada pelos analistas de vários bancos. Veja aqui o que cada um deles diz.

 

Morgan Stanley

"Se o BCE não continuar a aumentar a liquidez dos bancos gregos através da ELA (Assistência de Liquidez de Emergência) e os bancos continuarem a perder depósitos, reforça-se a perspectiva sobre a imposição de limites aos movimentos de capitais."

 

"O aumento da assistência do BCE (ELA) reduz a probabilidade de controlo de capitais".

 

Os bancos gregos têm-se apoiado na assistência de emergência (ELA) do BCE, aumentada semanalmente. Na última semana foi necessário conceder nova liquidez: na sexta-feira dia 19 de Junho, no montante de 1,8 mil milhões de euros, dias depois de se ter cedido 1,1 mil milhões de euros. Os analistas estão a antecipar que seja necessário voltar a aumentá-la na segunda-feira para evitar que os bancos fiquem sem dinheiro para satisfazer os levantamentos em massa que estão a ser feitos pelos gregos. A assistência do BCE aos bancos gregos atinge valores da ordem dos 86 mil milhões de euros.  

 

"Qualquer ‘boa notícia’ para a Grécia será uma má notícia para o euro e vice-versa".

 

Deutsche Bank

"Esta semana será de "ou vai ou racha" para a Grécia"

 

"A Grécia poderá ter de fechar os bancos antes de se introduzir o controlo aos movimentos de capitais"

 

Se o BCE deixar cair o seu apoio, os bancos gregos deixarão de ter dinheiro e é nesse contexto que se antecipa que tenham de encerrar as portas e que se tenha de avançar para medidas de controlo de capitais.

 

"O resultado marginalmente mais provável é o de um acordo de última hora entre a Grécia e os credores".

 

JP Morgan

"O controlo dos movimentos de capitais é cada vez mais provável que ocorra nas próximas semanas, seguindo-se meses de discussões entre o governo grego e os credores até que seja finalmente obtido um acordo".

 

"A introdução de controlo de capitais na Grécia poderá contagiar os outros países europeus por se reforçar o receio de que a Grécia saia do euro. Embora existam instrumentos para gerir o contágio, haverá instabilidade".

 

Barclays

"É pouco provável que as autoridades gregas tomem a iniciativa de impor medidas de controlo de capitais. Mas não terão outra alternativa se o BCE reduzir a ELA (assistência de liquidez de emergência) ou se existir uma fuga de depósitos ainda mais significativa".

 

Credit Agricole

"Qualquer declaração do BCE que faça depender a ELA de um acordo aumentará a pressão sobre o governo grego".

 

"Provavelmente ainda não é altura para entrar em pânico, uma vez que os esforços para obter um acordo se mantêm, nomeadamente com a Cimeira de urgência marcada para segunda-feira dia 22 de Junho. Além disso, a estratégia dos credores pode estar a dar resultados uma vez que se assistiu no dia 18 de Junho, quinta-feira, à primeira manifestação anti-governo em Atenas."

 

UBS

"A cimeira marcada para segunda-feira [22 de Junho] é uma iniciativa positiva na medida em que existe maior abertura ao nível dos líderes europeus".

 

"A Grécia tinha tentado até agora, sem sucesso, procurar uma solução ao nível político".

 

"Se os chefes de Estado e de Governo não conseguirem resolver o impasse a que se chegou é provável que o governo grego convique um referendo na próxima sena [22 a 28 de Junho]."

 

"Não consideramos que as conversações continuem a falhar. A nossa estimativa para uma saída [da Grécia do euro] é de 30% a 40%".

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